
O desastre, que deixou 233 mortos e 37 desaparecidos, completa três meses com dezenas de famílias sem saber o paradeiro dos entes queridos. Rosângela Lícia dos Santos, de 56, busca informações do irmão, o funcionário da Vale Rogério Antônio dos Santos, de 57 anos. "No momento do desastre, ele estava entre o refeitório e oficina", afirma. Ela pede agilidade no processo de identificação no Instituto Médico-Legal (IML), na capital.

Os familiares fizeram a chamada com o nome de cada um dos desaparecidos, enquanto balões brancos subiam ao céu. As famílias não querem que a tragédia caia no esquecimento.
Outro lado
Em nota, a Polícia Civil de Minas Gerais sustentou que o trabalho de identificação "é realizado conforme protocolo internacional e segue todos os parâmetros éticos e de responsabilidade". A corporação ressaltou que "trabalha dia e noite na identificação dos corpos e todos os esforços são realizados para trazer um alento aos familiares, de forma ágil e eficaz".
A polícia também destacou que "os instrumentos de identificação são variáveis, pois cada caso demanda um processo específico". Além disso, afirmou que as tarefas dependem "da extração do DNA, que pode ser complexo e também ser feito mais de uma vez em um determinado caso".
