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Estado de Minas

Veja a programação da semana santa nas igrejas de BH e região

Procissão de Ramos relembra a entrada de Jesus em Jerusalém marca o início das celebrações da semana santa. Programação tem atrações na Grande BH e pelo interior


postado em 15/04/2019 06:00 / atualizado em 15/04/2019 08:26

Fiéis partiram das igrejas Boa Viagem e de Lourdes para o cortejo de ontem rumo à Igreja São José, no Centro de BH (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)
Fiéis partiram das igrejas Boa Viagem e de Lourdes para o cortejo de ontem rumo à Igreja São José, no Centro de BH (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)


Domingo de Ramos, fé e esperança. Centenas de católicos participaram, ontem, em Belo Horizonte, da Procissão de Ramos, que marca o início das celebrações da semana santa, inaugurando, na capital, a programação Caminho da fé e da cultura, promovida pela Arquidiocese de BH. O cortejo saiu às 9h30 da Basílica de Lourdes, com muitos devotos partindo do Santuário Nossa Senhora da Boa Viagem, e seguiu em direção à Igreja São José, no Centro. Nesse último templo houve missa, às 10h, presidida pelo bispo auxiliar dom Geovane Luís da Silva.


Ao rezar com os fiéis na Basílica de Lourdes antes da procissão, dom Geovane explicou que os ramos são a recordação da entrada de Jesus em Jerusalém: “Ele é o peregrino que vem ao nosso encontro e nós somos os peregrinos indo ao encontro d’Ele, para participar da morte e ressurreição”. Nos tempos atuais, acrescentou o bispo auxiliar, os ramos significam a esperança que se une à fé e à justiça para não deixar germinar o ódio e a intolerância.

O Domingo de Ramos marca a abertura dos ritos da Paixão de Cristo na Igreja em todo o mundo. Em nota distribuída pela Arquidiocese de Belo Horizonte, os especialistas informam que os fiéis com ramos nas mãos acompanham procissões antes ou depois das missas, recordando a narração bíblica em que Jesus é acolhido por uma multidão em Jerusalém, acenando para o Messias com ramos de palmeira. “Começa, assim, conforme as Sagradas as Escrituras, o caminho que leva à Paixão, morte e ressurreição de Jesus.”

O cortejo passou pela Rua Aimorés e desceu a Rua Espírito Santo até chegar à Igreja São José. Os devotos cantavam “‘Hosana! Bendito aquele que vem em nome do Senhor” e “Glória a ti, Senhor/Jesus Cristo é o Senhor/O Senhor/o Senhor/Belo Horizonte é do Senhor”. Carregando os ramos, a dona de casa Dulce de Lima Maciel, moradora do Bairro São Marcos, na Região Nordeste da capital, acompanha todos os anos as cerimônias da Paixão de Cristo, pois se trata de uma “tradição de família”. Para ela, a fé se torna cada mais essencial no mundo, pois é a única forma de não deixá-lo pior. E ter fé significa “ter um coração bom, seguir a religião e ser caridoso”, afirmou.

Osiris Vieira e a mulher, Andréa Spelta, levaram a filha Clarice para as celebrações:
Osiris Vieira e a mulher, Andréa Spelta, levaram a filha Clarice para as celebrações: "Reflexão sobre o sacrifício de Jesus" (foto: Túlio Santos/EM/DA Press)


SAUDAÇÃO Agitando os ramos ao entrar na São José, os fiéis participaram da missa presidida por dom Giovane e concelebrada pelos padres Marcelo Carlos da Silva (Boa Viagem), Wellington Cardoso Brandão (Lourdes) e José Cláudio Teixeira e Flávio Campos (São José). O casal Osiris Vieira, contador, e a mulher, Andréa Spelta, enfermeira, moradores do Bairro Santa Tereza, na Região Leste, levou a filha Clarice, de 11 meses. No carrinho do bebê foram colocados os ramos abençoados. Para Osíris, é fundamental refletir, durante a semana santa, sobre o sacrifício de Jesus.

A programação completa da semana santa na Arquidiocese de Belo Horizonte está no site arquidiocesebh.org.br.

 

Semana Santa


Belo Horizonte

Hoje
» 19h, no Santuário São Judas Tadeu, no Bairro da Graça – missa com unção do altar com perfume pelas mães. Procissão do depósito da imagem de Nossa Senhora na Comunidade Santa Rosa de Lima

» 19h, no Santuário São Paulo da Cruz, no Barreiro, celebração do ofício de trevas e sermão das Sete Dores de Nossa Senhora, seguindo-se procissão do depósito com a imagem de Nossa Senhora das Dores para a Comunidade Nossa Senhora Aparecida

Quinta-feira
» 9h – Missa da Unidade, no Ginásio do Mineirinho, na Pampulha. Ao fim da celebração, será realizada uma coreografia, em homenagem a Brumadinho. O ato também será um alerta sobre o risco que as barragens com rejetos de minério oferecem para as comunidades.

» 17h – Missa cantada em gregoriano, com rito do lava-pés pelas monjas beneditinas, no Mosteiro Nossa Senhora das Graças (Rua do Mosteiro, 138, Bairro Vila Paris, Região Centro-Sul)

Sexta-feira
» 18h – Via-sacra na Praça da Liberdade, na Região Centro-Sul de BH, com o canto da Verônica e procissão acompanhada de banda musical até a Igreja Nossa Senhora da Boa Viagem, onde haverá o sermão da Paixão do Senhor

» 19h – Encenação da Paixão do Senhor, na praça do Santuário São Paulo da Cruz (Praça Domingos Gatti, s/nº, Barreiro)
 
Caeté, na Grande BH

Sexta-feira, às 7h
» 7h – Via-sacra com encenação da Paixão de Cristo, subindo a Serra da Piedade, no Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade

Santa Luzia, na Grande BH

Hoje
» 19h30 – Santuário Santa Luzia, no Centro Histórico: missa e sermão do pretório, seguindo-se a procissão do Depósito da Imagem do Senhor dos Passos. Na chegada, haverá cânticos em latim (motetos)

Ouro Preto, na Região Central

Amanhã
» 19h – Missa na Basílica Nossa Senhora do Pilar, seguindo-se a Procissão da Soledade, com a imagem de Nossa Senhora das Dores. Resgatando uma antiga tradição, a imagem vai parar nos passos da Paixão de Cristo.

Quinta-feira
» 23h – Procissão do Fogaréu, com saída da Igreja São Francisco de Assis, após a cerimônia de lava-pés, em direção à Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões (Mercês de Baixo)

Peregrinação à Serra da Piedade


Nas cidades do interior de Minas, o dia foi de muitas cerimônias nas ruas e nas igrejas. No alto da Serra da Piedade, em Caeté, na Grande BH, de manhã, o arcebispo metropolitano, dom Walmor Oliveira de Azevedo, recebeu os peregrinos no Santuário Basílica Nossa Senhora da Piedade. À tarde, em Belo Horizonte, a celebração eucarística presidida pelo arcebispo foi no canteiro de obras da Catedral Cristo Rei, no Bairro Juliana, na Região Norte.

A Semana Santa, segundo especialistas do clero, é o período no qual os fiéis recordam a Paixão, morte e ressurreição de Jesus. No Domingo de Ramos, os fiéis carregam alecrim, manjericão, rosmaninho e folhas de palmeira, fazendo “referência à narração bíblica em que Jesus, após ressuscitar Lázaro, foi recebido, de modo triunfante, por grande multidão em Jerusalém”. Um destaque sempre importante está na via-sacra, com encenação da Paixão de Cristo, na subida da Serra da Piedade, na sexta-feira, às 7h.

Também pela manhã, as paróquias de Caeté (Nossa Senhora do Bom Sucesso, São João Paulo II e São Francisco de Assis) fazem procissão até o Ginásio Poliesportivo da cidade (Avenida Carlos Cruz, s/n, bairro José Brandão). De acordo com a arquidiocese, “o momento será também um ato em defesa da Serra da Piedade, ameaçada pela mineração, e se inspira na Campanha da Fraternidade 2019, que tem como tema Fraternidade e Políticas Públicas”.

OURO PRETO Tradição, fé e cultura. Em Ouro Preto, na Região Central, voltará ao cenário barroco uma procissão dos tempos coloniais da qual não há registro há um século, de acordo com pesquisas da Igreja. Além do cortejo denominado Procissão do Fogaréu (dia 18), há mais novidades na programação que, este ano, está a cargo do Santuário Nossa Senhora da Conceição de Antônio Dias. Amanhã, a imagem de Nossa Senhora das Dores vai parar em cada um dos passos da Paixão ao som de motetos (cânticos em latim), o que também não ocorria há décadas. O reitor do Santuário Nossa Senhora da Conceição e titular da paróquia, cônego Luiz Carlos César Ferreira Carneiro, conta que está sendo feito um resgate histórico, “reavivando os momentos do sofrimento de Cristo”.

Com saída da Igreja São Francisco de Assis, às 23h, após a cerimônia de lava-pés, a Procissão do Fogaréu seguirá em direção à Igreja Nossa Senhora das Mercês e Perdões (Mercês de Baixo), de onde sairá a imagem de Jesus Flagelado rumo à Igreja Nossa Senhora das Dores. “Não sabemos porque a tradição do século 18 foi interrompida, mas retomá-la é importante.” Ressaltando que, em Minas, a liturgia difere do caráter devocional, cônego Luiz Carlos explica que o cortejo recorda o momento da prisão de Cristo. Com túnicas e capuz, o grupo que sairá da Igreja São Francisco de Assis vai carregar tochas durante toda a procissão. 


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