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Estado de Minas

TJ nega pedido da Vale para retomar atividades em barragens em 'risco severo de rompimento'

Mineradora havia recorrido de decisão judicial tomada com base em Ação Civil Pública (ACP) proposta pelo Ministério Público estadual; no total, 10 represas estão suspensas em Nova Lima, Barão de Cocais, Ouro Preto e Brumadinho


postado em 25/02/2019 19:15 / atualizado em 26/02/2019 09:38

Mina Gongo Soco, que gerou evacuação em Barão de Cocais(foto: Leo Tavares/Divulgação - 22/02/2008)
Mina Gongo Soco, que gerou evacuação em Barão de Cocais (foto: Leo Tavares/Divulgação - 22/02/2008)

 

As atividades da mineradora Vale vão continuar suspensas em 10 barragens de Minas. O Tribunal de Justiça do estado indeferiu pedido da empresa para retomar o expediente nas represas em 'severo risco de rompimento', todas inclusas em Ação Civil Pública (ACP) movida pelo Ministério Público estadual. Com isso, os seguintes barramentos continuam interditados: Vargem Grande, Capitão do Mato, Dique B e Taquaras, em Nova Lima; Menezes 2, em Brumadinho; Laranjeiras e Sul Superior, em Barão de Cocais; e Forquilha 1, 2 e 3, em Ouro Preto. Em nota, a Vale disse que não vai comentar a decisão da Justiça.


Para chegar às conclusões sobre os estados das barragens, o MP se baseou em documentos da Agência Nacional de Mineração (ANM) repassados pela própria Vale. As anomalias detectadas pela Vale também incluíam as barragens 1 e 4-A do Complexo Córrego do Feijão, que se romperam em 25 de janeiro.


No caso da Barragem Laranjeiras (5,8 milhões de metros cúbicos de capacidade), em Barão de Cocais, na Região Central do estado, a inundação decorrente de uma eventual ruptura se estenderia por 183 quilômetros a jusante da estrutura, no Rio Piracicaba, próximo à afluência com o Rio Doce, passando pelos municípios de São Gonçalo do Rio Abaixo, Bela Vista de Minas, Antônio Dias, Timóteo e Coronel Fabriciano.


Em Menezes 2 (290 mil m³), em Brumadinho, na Grande BH, o dano alcançaria 5,5 quilômetros a jusante da estrutura, no Ribeirão Ferro-Carvão, antes da confluência com o Rio Paraopeba, atingindo ocupações rurais e urbanas. Já em relação às barragens Capitão do Mato (2 milhões de m³) e Dique B (333 mil m³), a lama poderia alcançar 87 quilômetros, o que prejudicaria Nova Lima, Rio Acima, Raposos, Sabará, Belo Horizonte e Santa Luzia.


Quanto à Barragem Taquaras (950 mil m³), no distrito de Macacos, na Região Metropolitana de BH, a inundação percorreria 23 quilômetros, afetando o município de Nova Lima. Já em Forquilha 1(26 milhões de m³), 2 (24 milhões de m³) e 3 (18,2 mil m³), os rejeitos poderiam atingir 210 quilômetros, atingindo Ouro Preto, Belo Horizonte, Itabirito, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Matozinhos, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Raposos, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia, Taquaraçu de Minas, Jequitibá, Funilândia.



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