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Estado de Minas

MP recomenda que Vale proteja patrimônio cultural localizado perto de barragens

Órgão pede que mineradora preserve bens situados nas imediações de nove represas do estado, instaladas em Nova Lima, São Gonçalo do Rio Abaixo, Brumadinho, São Sebastião das Águas Claras e Ouro Preto


postado em 12/02/2019 19:03

Barragem Maravilhas II, que compõe o complexo Vargem Grande, em Nova Lima(foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)
Barragem Maravilhas II, que compõe o complexo Vargem Grande, em Nova Lima (foto: Ramon Lisboa/EM/D.A Press)

 

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) recomendou à Vale a adoção de medidas emergenciais para a preservação dos bens culturais existentes nas áreas atingidas por uma possível ruptura das estruturas das barragens. Segundo o MP, devem ser protegidos os patrimônios situados nas redondezas das barragens Vargem Grande, Capitão do Mato e Dique B (em Nova Lima), Laranjeiras (em São Gonçalo do Rio Abaixo), Menezes II (em Brumadinho), Taquaras (em São Sebastião das Águas Claras) e Forquilha I, II e III (em Ouro Preto). A medida não tem caráter coercitivo, isto é, a mineradora não é obrigada a acatá-la.


De acordo com o Ministério Público, os bens culturais resgatados devem ser embalados e transportados com segurança, conforme as orientações dos órgãos competentes. Eles também precisam ser acondicionados em locais apropriados, aprovados pelos órgãos de proteção, de forma temporária, até que seja cessado o risco de ruptura das estruturas dessas barragens. Toda a ação deve ser orientada ainda por profissionais qualificados com experiência em patrimônio cultural.


No documento, o MPMG cita áreas de destruição, caso ocorra o rompimento dessas estruturas. No caso da barragem Laranjeiras, a inundação decorrente de uma eventual ruptura se estenderia por 183 quilômetros a jusante da estrutura, no Rio Piracicaba, próximo à afluência com o Rio Doce, passando pelos municípios de São Gonçalo do Rio Abaixo, Bela Vista de Minas, Antônio Dias, Timóteo e Coronel Fabriciano.


Em Menezes II, o dano alcançaria 5,5 quilômetros a jusante da estrutura, no Ribeirão Ferro-Carvão, antes da confluência com o Rio Paraopeba, atingindo ocupações rurais e urbanas. Já em relação às barragens Capitão do Mato e Dique B, a lama poderia alcançar 87 quilômetros, o que prejudicaria Nova Lima, Rio Acima, Raposos, Sabará, Belo Horizonte e Santa Luzia.


Em relação á barragem Taquaras, a inundação percorreria 23 quilômetros, afetando o município de Nova Lima. Já em Forquilha I, II e III, os rejeitos poderiam atingir 210 quilômetros, atingindo Ouro Preto, Belo Horizonte, Itabirito, Jaboticatubas, Lagoa Santa, Matozinhos, Nova Lima, Pedro Leopoldo, Raposos, Rio Acima, Sabará, Santa Luzia, Taquaraçu de Minas, Jequitibá, Funilândia.


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