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Estado de Minas

Peritos de Brasília chegam ao IML de BH para auxiliar na identificação dos corpos de Brumadinho

Nessa segunda-feira, a Polícia Civil divulgou uma força-tarefa para agilizar o reconhecimento dos corpos no instituto


postado em 29/01/2019 12:36 / atualizado em 30/01/2019 07:57

(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
(foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)


Quatro peritos de Brasília chegaram no final da manhã de hoje ao Instituto Médico-Legal (IML) de Belo Horizonte para auxiliar os 88 profissionais que atuam na identificação e liberação dos corpos das vítimas do desastre em Brumadinho, na Grande BH. São dois médicos-legistas, uma perita especializada em odontologia e um papiloscopista (profissional que trata da identificação humana por meio das palmas das mãos e sola dos pés). Até as 12h desta terça-feira, somente familiares de um desaparecido estiveram no local.

Na segunda-feira, em virtude do aumento significativo de vítimas do desastre, a Polícia Civil informou que a Academia de Polícia de Minas Gerais (Acadepol) organizaria força-tarefa para agilizar o processo de reconhecimento dos corpos. Além do aumento de profissionais envolvidos no processo, a Acadepol desenvolveu um cadastro especial para facilitar a identificação dos mortos.

O local na capital atualmente tem capacidade para 77 câmaras frigoríficas e pode estender o atendimento a outros 350 corpos. Até então, 88 médicos-legistas estavam trabalhando no processo. A maioria dos corpos tem sido reconhecidas por impressão digital.

Maria de Fátima Soares Mota, de 30 anos, não teve como reconhecer o corpo do irmão, o mecânico Wanderson Soares Mota, de 32, que trabalhava há 10 anos na Vale. Ela chegou de Tocantins na tarde de segunda feira, depois de a família ser acionada pelo IML, mas disse que devido ao estado adiantado de decomposição ele só pode ser identificado via digital.

Maria de Fátima responsabilizou a Vale pela tragédia e disse que tomou conhecimento sobre um laudo que teria sido emitido 30 dias antes do rompimento da barragem, indicando sobre rachaduras na represa. “As pessoas já vinham comentando e acho que a empresa não deveria ter construído um escritório e um refeitório numa área de tanto risco. Sobre trabalhar no local, “ele não gostava, na verdade, dizia que a vida dele estava em risco, poderia ter um desabamento a qualquer momento. Já manifestava esse medo. Queria sair da empresa e procurar outro emprego”, diz. O sepultamento de Wanderson está previsto para amanhã, em Filadélfia, Tocantins, sua terra natal. Ele deixa viúva. O casal não tinha filhos.

A assessoria da Polícia Civil solicita que os familiares de desaparecidos não se dirijam ao IML sem que sejam convocados. O acesso ao setor de identificação será permitido apenas àqueles familiares que tenham sido contatados pelo instituto.


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