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Estado de Minas

Comitês de Bacias Hidrográficas apontam o desaparecimento de dois córregos após tragédia de Brumadinho

O Fórum Brasileiro de Comitês de Bacias Hidrográficas e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba se posicionaram sobre o rompimento da barragem da Mina do Córrego do Feijão


postado em 28/01/2019 16:21 / atualizado em 28/01/2019 17:29

Barragem se rompeu na última sexta-feira matando dezenas de pessoas e deixando outras centenas desaparecidas(foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)
Barragem se rompeu na última sexta-feira matando dezenas de pessoas e deixando outras centenas desaparecidas (foto: Edesio Ferreira/EM/D.A Press)

O mar de lama de rejeitos que desceu da barragem da Mina do Córrego do Feijão, em Brumadinho, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, fez desaparecer, ao menos, dois córregos que passavam pela cidade. Além disso, os materiais estão se deslocando para o Rio Paraopeba. A informação foi confirmada pelo  Fórum Brasileiro de Comitês de Bacias Hidrográficas e o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba. As entidades lamentaram a tragédia e se mostraram indignados com a situação.

Ver galeria . 31 Fotos Buscas por vítimas de rompimento de barragem em Brumadinho entraram no quarto dia nesta segunda-feira. Israelenses começaram a trabalhar hoje. Primeiros corpos foram sepultados na cidadeRenan Damasceno/EM/D.A. Press
Buscas por vítimas de rompimento de barragem em Brumadinho entraram no quarto dia nesta segunda-feira. Israelenses começaram a trabalhar hoje. Primeiros corpos foram sepultados na cidade (foto: Renan Damasceno/EM/D.A. Press )


Por meio de nota, o Fórum  Brasileiro de Comitês de Bacias Hidrográficas denunciou o desaparecimento dos córregos. “Para o momento podemos constatar o total desaparecimento do córrego Ferro do Carvão, córrego do Feijão e o deslocamento do lama para o curso do Rio Paraopeba, podendo atingir a represa de Três Marias comprometendo assim o Rio São Francisco. Importante dizer que no Rio Paraopeba existe uma captação da Copasa que abastece 50 % da região metropolitana de Belo Horizonte”, alerta no documento.

Além dos rios, o Fórum alega que houve “destruição de matas ciliares, áreas de mata atlântica, mortes de animais”. “Perdas em sua grande parte irreparáveis”, completou.

“Este rompimento ocorre três anos e dois meses após o crime ambiental da Samarco na bacia do Rio Doce. E a mineração não aprendeu nada com Mariana. Apesar de toda a comoção, as investigações e a mobilização social em torno da questão. A mineração não mudou uma vírgula dos seus procedimentos. Assim como em Mariana: a barragem era de montante, não teve sirene, não teve plano de emergência, as estruturas administrativas da empresa estavam abaixo das barragens na zona influência direta das mesmas, e outras questões que virão a público com as futuras investigações”, denunciou.

O Comitê  da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba cobrou medidas das autoridades. “É hora de enfrentarmos a situação com seriedade, repensar os modelos inseguros adotados pelas empresas de mineração, a legislação vigente, e entender que as barragens desse tipo sempre apresentarão riscos, gerando insegurança e perdas para a população e meio ambiente”, disse. “Reivindicamos que o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraopeba participe efetivamente do Gabinete de Crise criado, desde o início de todo o processo, e posteriormente das ações de recuperação que serão implantadas”, finalizou.


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