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Estado de Minas

Jovem é preso após denunciar falso assalto para ganhar seguro do celular

Caso ocorreu na Região de Venda Nova. Ele disse ter sido roubado em uma praça, mas câmeras de segurança não mostraram crime e ele confessou. Esse é o 4º caso registrado em um intervalo de 48 horas na capital


postado em 24/01/2019 09:11

Rapaz procurou policiais com a caixa do aparelho, dizendo que havia sido levado por assaltantes(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Rapaz procurou policiais com a caixa do aparelho, dizendo que havia sido levado por assaltantes (foto: Polícia Militar/Divulgação)


Um jovem de 22 anos foi detido por falsa comunicação de crime na noite de quarta-feira no Bairro Rio Branco, Região de Venda Nova. Segundo a Polícia Militar (PM), ele procurou a polícia dizendo que havia sido assaltado, mas acabou confessando que seu objetivo era tentar receber o seguro de um celular. Esse é o quarto caso do tipo registrado nos últimos dois dias em Belo Horizonte. 

Conforme o boletim de ocorrência, por volta das 21h25 o rapaz procurou uma base móvel da PM na Praça João Viana, com a caixa do aparelho nas mãos, dizendo que havia sido assaltado na praça do Bairro Sinimbu. Ele disse aos policiais que dois homens, um de boné e outro com a cabeça raspada, se aproximaram dele encostando um objeto pontiagudo e levaram o celular. 

Ele disse aos policiais que foi em casa buscar a caixa do aparelho e disse que precisava do boletim de ocorrência para resgatar o valor do seguro. Como ele se contradisse ao responder algumas questões, os policiais desconfiaram e chamaram a viatura do policiamento da região. 

Os militares conseguiram acesso às câmeras de segurança da praça do Bairro Sinimbu, que não gravaram nada do que foi descrito pelo rapaz. Segundo a PM, ele acabou confessando que perdeu o celular quando estava buscando a esposa no trabalho. Ele recebeu voz de prisão por falsa comunicação de crime e foi levado para a Central de Flagrantes da Polícia Civil (Ceflan 4).

Desde o dia 22, já são quatro casos semelhantes registrados pela PM na capital. Os outros três foram na última terça. O tenente Washington Amaral, da 6ª Companhia da Polícia Militar, prendeu um homem de 23 anos e uma mulher de 49 pelo delito em um intervalo de duas horas. 

O primeiro caso aconteceu por volta das 16h. Segundo o rapaz, ele teria sido roubado na Praça Sete, no Centro, durante a madrugada. O suspeito teria usado uma arma e a apontado para a cabeça dele. Contudo, por meio das imagens das câmeras do Olho Vivo, a polícia não encontrou registro do crime. Assim como no caso de Venda Nova, a vítima entrou em contradição. "Nós perguntamos sobre vários aspectos da ocorrência e ele começou a gaguejar. Depois, ele confessou que havia dormido na praça ao consumir bebida alcoólica", detalhou o tenente Washington à reportagem do em.com.br em 22 de janeiro.  

Duas horas depois, uma psicóloga saiu da Região do Barreiro para ir até o Centro também no intuito de burlar o seguro. Aos militares, ela deu detalhes do crime, que teria ocorrido em um ônibus da cidade. "Ela disse que um rapaz tinha a ameaçado com uma faca. Do jeito que ela falou, realmente pareceu verdade. Mas, com apoio do Olho Vivo. percebemos que a mulher não tinha passado pelo local", disse o tenente. Além disso, a PM rastreou o aparelho da suspeita e percebeu que ele estava na Região do Barreiro, justamente no trabalho dela. Diante das pistas, a mulher confessou o crime. Ela tem passagem pela polícia pelo crime de estelionato. "É um crime que tem sido comum. O ato prejudica o planejamento operacional da Polícia Militar, além de configurar um ato ilícito contra a seguradora", afirmou o tenente. 

No fim da noite de terça-feira, no Bairro Salgado Filho, Região Oeste de BH, um homem procurou uma base comunitária móvel dizendo que teve o celular roubado por dois homens em uma moto. Ele também se contradisse e confessou que precisava de uma ocorrência para justificar que o aparelho estava com defeito. Além do celular, os policiais recolheram uma nota fiscal e a apólice de seguro. Todos os detidos foram encaminhados à Polícia Civil. (Com informações de Gabriel Ronan)


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