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Estado de Minas

Tarifa Zero organiza 'aulão', ironiza Kalil e condena aumento 'ilegal' das passagens

Em mobilização em frente à prefeitura, movimento explicou por que a população deveria pagar tarifa de R$ 3,45 em vez do atual preço de R$ 4,50; promessas do prefeito Alexandre Kalil (PHS) também foram lembradas


postado em 09/01/2019 20:08

Integrantes do Tarifa Zero panfletaram em frente à sede do governo municipal(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Integrantes do Tarifa Zero panfletaram em frente à sede do governo municipal (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)

 

O Tarifa Zero organizou uma aula, na noite desta quarta-feira, para deixar a população por dentro da realidade das passagens de ônibus em BH. Cerca de 50 pessoas compareceram à ocasião e ouviram os argumentos por trás do cálculo feito pelo movimento social, que defende uma tarifa de R$ 3,45 – R$ 1,05 mais barata que a atual cobrança de R$ 4,50. Nesta quinta, haverá nova mobilização, desta vez na Praça Sete, para manifestar contra o reajuste.


“Cortou-se horários de viagem, tirou trocador, fundiu e excluiu linhas, mas, mesmo assim, teve reajuste. Não há nada de concreto sobre os anos fiscais das empresas. É um sistema que não leva em consideração a qualidade do serviço”, explicou a integrante Anne Oviedo aos presentes durante o encontro. Para se chegar ao valor de R$ 3,45, o Tarifa Zero considerou uma planilha criada pelo Grupo de Estudos de Integração da Política de Transportes (Geipot) na década de 1980 e usada pela prefeitura até 2007 para definir o valor da tarifa.


Segundo o Tarifa Zero, a planilha do Geipot considera a relação entre receita e custo das empresas de transporte. A partir dela, o grupo disse aos presentes que dedicou 500 horas de trabalho para alcançar o valor de R$ 3,45, com apoio de seis economistas, dois advogados, três programadores, um engenheiro e um administrador. O ex-presidente da Empresa de Transporte e Trânsito de Belo Horizonte (BHTrans), João Luiz da Silva Dias, também participou das iniciativas.


Atualmente, a tarifa é reajustada de acordo com o índice inflacionário, portanto tende a aumentar todos os anos. De acordo com o Tarifa Zero, tal modelo incentiva a “precarização do serviço”, já que quanto mais as empresas cortarem gastos, maior será o lucro. “O reajuste é ilegal, pois não foi feita uma auditoria de fato, como foi prometida. O cálculo tarifário da prefeitura é feito sobre um sistema ineficiente. Eles pegam o fluxo de caixa declarado pelas empresas sem nenhuma crítica”, sustenta Júlia Nascimento, de 29 anos, integrante do movimento.


Presente à ocasião, a jovem Dandara Freitas elogiou a programação. “Eu vim mais para escutar o pessoal do Tarifa Zero. Vi no site o cálculo que eles fizeram e queria entender como chegaram naquele valor”, disse.


Tweet relembrado

 

Coletivo condenou promessas de campanha de Alexandre Kalil(foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)
Coletivo condenou promessas de campanha de Alexandre Kalil (foto: Túlio Santos/EM/D.A Press)


O Tarifa Zero aproveitou a oportunidade para resgatar uma postagem feita pelo prefeito Alexandre Kalil (PHS) na rede social Twitter. “Determinei que a auditoria sobre o transporte público seja acompanhada pelos vereadores e os movimentos sociais. Detalharemos depois”, diz o texto publicado em fevereiro de 2017.


O grupo estendeu um banner para ironizar a promessa feito pelo prefeito, que, segundo o coletivo, não foi cumprida.


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