
O crime que chocou moradores da capital mineira é atribuído ao ciúme possessivo do empresário. As investigações apontaram que Antônio planejou o homicídio. Segundo a polícia, ele estava seguindo para Nova Serrana, na Região Centro-Oeste de Minas Gerais, com os filhos, quando viu, pelo celular, a ex-mulher chegando com o namorado ao prédio, no Bairro Jardim Atlântico. Como já tinha sido síndico do edifício, ele tinha acesso às imagens das câmeras de segurança.
Segundo a magistrada, os indícios apontam que o crime foi cometido por motivo torpe, isto é, "moralmente reprovável", e que dificultou a defesa das vítimas, já que elas foram surpreendidas pelo homem enquanto dormiam. A sentença de pronúncia manteve ainda a prisão preventiva do acusado.
Relembre o caso
No ano passado, as investigações apontavam que o empresário chegou ao prédio por volta das 4h. Como já conhecia a rotina e a localização dos equipamentos de segurança, desligou as câmeras e foi até a área privativa que dá acesso ao apartamento da ex-mulher. Ainda de acordo com as apurações, usando ferramentas que levou ao local, cortou a rede que cercava a área.
Em depoimento, a ex-mulher contou que estava dormindo com o namorado, Guilherme Elias Veisac, de 32, quando Antônio chegou ao apartamento. A vítima disse que ele apontava uma arma e a ameaçava de morte.
Guilherme teria tentado acalmá-lo, quando foi atingido por um disparo. Antes de ir embora, segundo as investigações, o suspeito ameaçou a ex-mulher, dizendo que isso aconteceria com todos os homens com quem ela se relacionasse, e que ele não a mataria por enquanto. Na fuga, levou os celulares que estavam no apartamento e o telefone fixo.
* Estagiário sob supervisão da Liliane Corrêa
