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Estado de Minas

Polícia Civil prende grupo especializado em roubos contra mineradoras

Operação Quimera se desenvolveu na manhã desta quarta-feira e prendeu 21 pessoas; três ainda estão foragidos


postado em 04/07/2018 15:47 / atualizado em 05/07/2018 14:25

Materiais apreendidos durante a operação. Entre eles, se destaca uma sacola com dezenas de pepitas de ouro, com teor estimado de 90 a 95% de pureza(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Materiais apreendidos durante a operação. Entre eles, se destaca uma sacola com dezenas de pepitas de ouro, com teor estimado de 90 a 95% de pureza (foto: Polícia Civil/Divulgação)

Polícia Civil de Minas Gerais desencadeou a ''Operação Quimera'' nesta quarta-feira. A força-tarefa prendeu 21 pessoas suspeitas de integrar uma organização criminosa especializada em roubo de mineradoras de ouro. A ação cumpriu também 30 mandados de busca e apreensão nas cidades de Santa Bárbara, Barão de Cocais e João Monlevade, na Região Central do estado, além de Belo Horizonte. Três outros envolvidos ainda estão foragidos.


Na versão da Polícia Civil, foram apreendidos os seguintes materiais: uma sacola com dezenas de pepitas de ouro (com teor estimado de 90 a 95% de pureza); R$ 40 mil em dinheiro vivo; rádio comunicadores; 23 veículos (sendo alguns de luxo); dois detectores de ouro; carpetes; e substâncias e equipamentos utilizados no processo de apuração de ouro. Além disso, a PCMG bloqueou os bens e valores dos suspeitos.


Segundo o delegado Domiciano Ferreira Monteiro de Castro Neto, chefe da operação, os suspeitos tinham acesso a dados restritos das equipes de segurança das mineradoras. “A organização criminosa conta com diversos núcleos de atuação, um deles formado por funcionários da própria empresa, que ficavam incumbidos de repassar informações privilegiadas aos demais membros do grupo, inclusive sobre as operações do processo minerário, quantidade e posicionamento de vigias e trabalhadores”, explicou.


Além do grupo, a Polícia Civil também chegou a outros membros que participavam do planejamento dos atos. “Foi identificado o núcleo de receptadores, donos de joalherias, que faziam a compra do ouro e ainda repassavam mercúrio e outras substâncias para os demais criminosos utilizarem no processo de apuração mineral. Outra parte da organização, além das investidas que promoviam às mineradoras, era a responsável pelo domínio do tráfico de drogas e armas de fogo no distrito de Barra Feliz, em Santa Bárbara”, ressaltou o delegado Domiciano Ferreira.


Também foi apreendido a quantia de R$ 40 mil em dinheiro(foto: Polícia Civil/Divulgação)
Também foi apreendido a quantia de R$ 40 mil em dinheiro (foto: Polícia Civil/Divulgação)

Os detidos também são investigados por lavagem de dinheiro. Para a PCMG, eles realizam transferências bancárias com frequência e investiam em imóveis e carros de luxo. O órgão também ressaltou o amplo conhecimento dos suspeitos sobre o processo minerário e os equipamentos, o que, na opinião da instituição, se trata de um agravante.


De acordo com a PCMG, as multinacionais AngloGold Ashanti e Jaguar Mining foram alvos dos atos. Em nota, a primeira empresa informou que "reafirma seu compromisso com a ética e a legislação, baseada em seus valores e princípios". 

A Mining também enviou um posicionamento ao Estado de Minas. "Sobre a operação da Polícia Civil de Minas Gerais, que investiga o roubo de ouro em mineradoras do Estado, a assessoria da Jaguar Mining ratifica que está acompanhando os desdobramentos e colaborando com as investigações", informou o documento. 

Os presos foram encaminhados ao Presídio de Barão de Cocais, onde ficarão em virtude dos mandados de prisões preventivas expedidos. A Operação leva o nome de ''Quimera'' graças ao filme ''A Quimera do Ouro'', de Charles Chaplin, no qual o artista tem a utopia de ficar rico rapidamente a partir do mineral. 

 

 


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