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Estado de Minas

Servidores da educação estadual decidem paralisar atividades até receberem salário

Segundo a Secretaria de Estado de Fazenda, pagamento da primeira parcela está previsto ocorrer nesta quarta-feira. Servidores reivindicam o fim do parcelamento


postado em 11/06/2018 17:15 / atualizado em 12/06/2018 08:23

Professores das Umeis em assembleia em frente à PBH: prefeito exige volta ao trabalho para retomar negociações(foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press - 16/5/18)
Professores das Umeis em assembleia em frente à PBH: prefeito exige volta ao trabalho para retomar negociações (foto: Gladyston Rodrigues/EM/DA Press - 16/5/18)

Em resposta ao escalonamento salarial promovido pelo governo Fernando Pimentel (PT), servidores da educação estadual de Minas Gerais iniciaram uma paralisação nesta segunda-feira. De acordo com o Sindicato Único dos Trabalhadores em Educação (Sind-UTE), os profissionais só retornarão às atividades após receberem o pagamento da primeira parcela do salário, marcado para quarta-feira.

Segundo o sindicato, a posição reflete “o descumprimento contínuo do pagamento dos salários, o que está ocasionando graves prejuízos”. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado de Fazenda disse que a previsão é que o prazo de deposito da primeira parcela seja cumprido.

Ainda de acordo com o Sind-UTE, o objetivo da paralisação é pressionar o governo a mudar sua política de parcelamento dos salários e retomar o pagamento integral no quinto dia útil de cada mês. Desde fevereiro de 2016, o funcionalismo público de Minas Gerais recebe de forma escalonada. As outras duas parcelas do pagamento estão previstas para 25 e 29 de junho.

O Sind-UTE informou também que o governo do estado já foi notificado sobre a paralisação das atividades da categoria. A Secretaria de Estado de Educação (SEE) confirmou o recebimento da notificação e disse que os critérios para pagamento dos salários “permanecem os mesmos dos meses anteriores”, conforme já anunciado pelas secretarias de Estado de Fazenda (SEF) e de Planejamento e Gestão (Seplag).

A SEE informou ainda que vai acompanhar a adesão das escolas estaduais ao movimento e, posteriormente, divulgará um balanço com o número de unidades que paralisaram as atividades. O Sind-UTE, por sua vez, disse que não vai compartilhar o balanço da manifestação. 

INFANTIL
 Na capital mineira, o impasse entre a prefeitura e os professores das Unidades Municipais de Educação Infantil (Umeis) continua. Na tarde desta terça-feira, às 14h, a categoria faz nova assembleia para discutir o futuro do movimento, que busca um plano de carreira único. Em audiência pública convocada pela Comissão de Educação, Ciência, Tecnologia, Cultura, Desporto, Lazer e Turismo da Câmara de Municipal, o Executivo reafirmou, pela manhã, o fim das negociações até quando perdurar a greve. A mensagem partiu dos secretários municipais de Governo (Paulo Lamac) e de Planejamento, Orçamento e Gestão (André Reis).

De acordo com o Sindicato dos Trabalhadores em Educação da Rede Pública Municipal de Belo Horizonte (Sind-Rede BH), o prefeito Alexandre Kalil (PHS) afirmou, por meio de seus interlocutores, que recebe a categoria no dia seguinte ao término da greve. Segundo a vereadora Cida Falabella (Psol), presidente da comissão que media as negociações, há apenas uma discordância na maneira como o plano de carreira dos educadores será feita. “O governo já sinalizou que é possível chegar a um acordo. Não existe discordância quanto à valorização do professor, mas sim sobre a forma como se faria isso. Trabalhamos na tentativa de estabelecer diálogo”, disse a vereadora. Além dela, os vereadores Arnaldo Godoy (PT), Professor Wendel Mesquita (SDD), Orlei (Avante) e Doorgal Andrada (Patriota) contribuem em busca de um consenso entre a categoria e o governo. 

IMPASSE
 Paralisados desde 23 de abril, há 51 dias, os professores das Umeis cobram equiparação salarial com os educadores do fundamental (crianças a partir de 6 anos). Atualmente, conforme o Sind-Rede/BH, os profissionais das Umeis começam recebendo R$ 1.450 (nível um), enquanto os educadores do ensino fundamental iniciam a carreira com R$ 2.200 (nível 10). Os valores informados são brutos.

Entretanto, a mudança não é vista com bons olhos por Alexandre Kalil. “A minha promessa de campanha nunca foi igualar (os salários). Eu não sou nenhum irresponsável”, disse o prefeito ao Estado de Minas. A prefeitura chegou a oferecer um aumento de 20%, mas não atingiu acordo com os educadores. A proposta foi oficialmente retirada pelo prefeito no dia 4, depois de a categoria manter a greve.

Para equilibrar a conta, a categoria apresentou uma proposta de escalonamento. Nessa oferta, os professores da educação infantil atingiriam o nível cinco em junho, o oitavo degrau em dezembro e a escala 10 somente em julho de 2019. Entretanto, o governo descartou qualquer reajuste gradual.


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