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Estado de Minas

Onda de ataques: 'Pagamos o preço de ter sistema prisional mais rigoroso em MG', diz Pimentel

Em entrevista coletiva, o governador de Minas Gerais confirmou que uma facção criminosa é responsável pelos ataques. A transferência de presos para outros estados está sendo estudada


postado em 05/06/2018 17:45 / atualizado em 05/06/2018 18:06

Em Uberaba, no Triângulo, três veículos foram incendiados na tarde desta terça-feira(foto: Polícia Militar/Divulgação)
Em Uberaba, no Triângulo, três veículos foram incendiados na tarde desta terça-feira (foto: Polícia Militar/Divulgação)

As forças de segurança de Minas Gerais estão unidas para tentar acabar com a onda de ataques no estado. Os criminosos agiram em ao menos 26 cidades desde a tarde de domingo. Em entrevista coletiva após reunião no Palácio da Liberdade, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, para tratar do assunto, o governador Fernando Pimentel (PT) afirmou que Estado vem sofrendo por ter um sistema prisional mais rigoroso do que o restante do país. Também confirmou que facção criminosa é responsável pelos ataques. O Secretário de Segurança Pública, Sérgio Barboza Menezes, revelou que está sendo estudada a transferência de presos que não são de Minas para outras penitenciárias.

A onda de ataques a veículos em Minas Gerais não para. Desde a tarde de domingo, ônibus, caminhões de empresas, carros de agentes de segurança e até imóveis, são alvos dos criminosos. Os crimes foram registrados em 26 cidades diferentes. Somente na tarde desta terça-feira, ao menos três caminhões foram incendiados em Uberaba, no Triângulo Mineiro. De acordo com a Polícia Militar (PM), 47 pessoas foram presas ou apreendidas em diferentes municípios mineiros suspeitas de participação nos incêndios.

Para o governador Fernando Pimentel, um dos motivos dos ataques é Minas cumprir com a lei de execução penal. “Estamos pagando o preço do sistema prisional em Minas de ser mais rigoroso do que o restante o país. Não vamos transigir com nossa política carcerária que cumpre integralmente com a lei de execuções penais”, disse após reunião com as forças de segurança para traçar estratégias para conter os ataques em Minas.

O governador admitiu que uma facção está por de trás dos atentados, mas não quis esclarecer qual organização criminosa. Pimentel disse que policiais à paisana estão circulando nos ônibus desde o início da manhã desta terça-feira, por isso acredita na diminuição dos crimes. Uma investigação sigilosa está em curso. Ela é feita em conjunto entre as polícias Civil e Militar, integrada com a Polícia Federal (PF).

Devido aos crimes, o governo informou que todo efetivo da PM e da Polícia Civil estão empenhados. Em Uberaba, no Triângulo Mineiro, onde aconteceram a maioria dos casos, o policiamento foi reforçado. “A inteligência da polícia está coletando informações para chegar nas células criminosas”, explicou o coronel Helbert Figueiró, comandante-geral da PM.

Transferência de presos


Áudios interceptados dentro dos presídios de Minas Gerais estão sendo analisados, segundo o  Sérgio Barboza Menezes. O secretário informou que ainda não há uma motivação. Há indícios que pode estar relacionado com a instalação de bloqueador de celular em uma unidade prisional de Patrocínio, na Região do Alto Paranaíba.

Menezes confirmou que está vendo a possibilidade, junto ao Governo Federal, de transferir presos que não são de Minas Gerais para outros presídios do país.


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