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Estado de Minas

Passageiros se revoltam com redução dos ônibus e fecham vias com fogo na Grande BH

Sexta-feira começou com caos na capital e região metropolitana. Ônibus e pontos lotados revoltaram passageiros, que se manifestam pelas ruas da cidade


postado em 25/05/2018 07:26 / atualizado em 25/05/2018 14:30

Ver galeria . 26 Fotos Por conta da falta de combustível, ônibus de circulam com horário de domingo em Belo Horizonte. Pontos ficaram lotados em várias partes da cidade. Na Estação Pampulha, passageiros fecharam a Avenida Pedro IBeto Novaes/EM/DA Press
Por conta da falta de combustível, ônibus de circulam com horário de domingo em Belo Horizonte. Pontos ficaram lotados em várias partes da cidade. Na Estação Pampulha, passageiros fecharam a Avenida Pedro I (foto: Beto Novaes/EM/DA Press )
Revoltados com atrasos, passageiros que estavam há horas na Estação BHBus Pampulha também colocaram fogo em objetos e fecharam a Avenida Pedro I, parando o trânsito no sentido Centro, na manhã desta sexta-feira. Até o Batalhão de Choque foi acionado para tentar conter a situação. 


O cenário de caos com a restrição de horários dos ônibus por conta da falta de combustível é mais uma consequência da greve dos caminhoneiros. Apesar do acordo feito em Brasília ontem, a paralisação continua e chega ao quinto dia. Vários pontos de ônibus na capital e na região metropolitana amanheceram cheios. 


Apesar do movimento de dia útil, hoje os ônibus circulam com o horário de domingo e quem depende do transporte enfrenta longa espera. Já as linhas metropolitanas funcionam com quadro de sábado. Para acessar ao quadro de horários, clique aqui.  No início da manhã, passageiros relaram que os ônibus estavam passando direto, sem parar nos pontos. Os coletivos que circulam estão lotados desde a madrugada.
 

Outros protestos 



Conforme a Polícia Militar (PM), outros pontos de bloqueio de vias foram formados por passageiros que estão revoltados com a redução do número de ônibus nas ruas nesta manhã.  Na Avenida Raja Gabáglia, Centro-Sul de BH, um grupo fez uma barricada de pneus e ateou fogo. A interdição ocorreu próximo ao cruzamento com a Avenida do Contorno, no início da via, fechando os dois sentidos. Segundo testemunha, que preferiu não se identificar, uma caminhonete com seis pessoas parou na rua e despejou produto inflamável na pista. Após colocar fogo, saíram do local aos gritos de apoio aos caminhoneiros.

Pneus queimados próximo ao cruzamento com a Avenida do Contorno (foto: Larissa Ricci/ EM/ D.A Press)
Pneus queimados próximo ao cruzamento com a Avenida do Contorno (foto: Larissa Ricci/ EM/ D.A Press)
 

No Barreiro, na Via do Minério, a superlotação dos coletivos também gerou revolta e a avenida foi fechada por populares. Na estação Venda Nova, a Polícia Militar também registra movimentação de passageiros que impedem a saída dos coletivos.  Na Avenida Nossa Senhora de Fátima, no Bairro Carlos Prates, a revolta foi por falta de gasolina em um posto que não tinha mais combustível para venda. 

Fila de carros do transporte escolar transformou o trânsito na avenida em um caos (foto: Guilherme Paranaíba/ EM/ D.A Press)
Fila de carros do transporte escolar transformou o trânsito na avenida em um caos (foto: Guilherme Paranaíba/ EM/ D.A Press)

Motoristas de vans do transporte escolar fazem carreata com buzinas e bandeiras contra o aumento de combustível e dos imposto,  complicando o trânsito nos dois sentidos da Avenida Amazonas, nesta manhã.  No cruzamento com a Avenida do Contorno, os motoristas pararam os veículos fechando as duas pistas. Policiais militares foram para a avenida para negociar liberação do trânsito. Às 12h, o grupo foi á Praça da Liberdade e protestou contra o preço dos combustíveis e em apoio aos caminhoneiros. 
Motoristas fazem buzinaço por ruas da cidade desde o início da manhã(foto: Larissa Ricci/ EM/ D.A Press)
Motoristas fazem buzinaço por ruas da cidade desde o início da manhã (foto: Larissa Ricci/ EM/ D.A Press)
 

 
Por volta de 12h30, populares interditaram os dois sentidos da Avenida Pedro II, altura do Bairro Jardim Montanhês, Noroeste de Belo Horizonte. Montantes de lixo foram colocados e fecharam a via, fazendo com que os poucos coletivos que estão nas ruas realizassem desvio nas ruas do bairro Padre Eustáquio, para chegar ao Centro de BH. 
Barricada de lixo fechou os dois sentidos da Avenida Pedro II, no Bairro Jardim Montanhês (foto: Thiago Lemos/EM/ D.A Press)
Barricada de lixo fechou os dois sentidos da Avenida Pedro II, no Bairro Jardim Montanhês (foto: Thiago Lemos/EM/ D.A Press)
 

Caos nos ônibus 

O em.com.br entrou em contato com a BHTrans nesta manhã e a empresa descartou, a princípio, reverter o quadro de horários dos ônibus de Belo Horizonte para a circulação normal. A BHTrans reafirma que não há combustível suficiente para os coletivos. 

Diante da situação, a empresa de trânsito está reforçando o número de ônibus em pontos onde avalia que há maior necessidade como, por exemplo, na Estação Diamante, no Barreiro, onde a linha 30 (Estação Diamante/Centro) opera com quadro de horários de sábado. “Serão realizadas 20 viagens extras para atender a demanda”, publicou a BHTrans no Twitter. A Linha 3050 (Estação Diamante/ Hospitais via BH Shopping) recebeu mais três veículos de reforço e também opera no horário de sábado. A linha 104 (Estação Lagoinha/Avenida), que não circula aos domingos, está recebendo reforço de veículos e começa viagens na Afonso Pena para atender a demanda reprimida. 



De acordo com o Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (Setra-BH), haverá reforço nas linhas troncais que operam nas estações Venda Nova, Pampulha, Diamante e Barreiro ao longo do dia. Por meio de nota, o sindicato destacou que "a adoção do quadro de horários de domingo visa assegurar o deslocamento dos usuários aos locais de trabalho e retorno a seus lares com a maior facilidade possível na atual circunstância".

Na Grande BH as viagens serão feitas conforme quadro de horários de sábado. O Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros Metropolitano (Sintram) informou que, conforme essa mudança, haverá uma redução de cerca de 40% da frota. "O Sintram lamenta o cenário da falta de combustíveis gerada pelas paralisações e conta com a compreensão dos usuários do transporte coletivo por eventuais transtornos causados", explicou o sindicato





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