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Estado de Minas

Confira mitos e verdades sobre vacina contra a gripe

Saúde alerta para necessidade de imunização anual para cercar agentes mais comuns em cada temporada. Dose deste ano barra também o H3N2, que infectou milhares nos EUA


postado em 24/04/2018 06:00 / atualizado em 24/04/2018 07:25

Hugo Pereira não perdeu tempo e se vacinou no primeiro dia da campanha(foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Hugo Pereira não perdeu tempo e se vacinou no primeiro dia da campanha (foto: Jair Amaral/EM/D.A PRESS)
Teve início ontem a campanha de vacinação contra a gripe, com expectativa de imunizar 54 milhões de pessoas do público prioritário em todo o Brasil, 5 milhões delas em Minas Gerais. Na capital do estado, 152 unidades básicas do Sistema Único de Saúde (SUS) prestam o serviço, com meta de aplicar 840,4 mil doses. O Ministério da Saúde alerta que o imunizante deve ser tomado anualmente e explica, em lista de mitos e verdades sobre tema (leia abaixo), os motivos para isso: sua validade é de aproximadamente 12 meses e a cada ano temos vírus diferentes, que causam diversos tipos de gripe, e o imunizante é produzido a partir daqueles que estão mais propensos a aparecer durante o período de vacinação. Este ano, a dose protege contra o Influenza A H1N1 e H3N2 e o Influenza B. O H3N2 é o vírus que provocou, no último inverno norte-americano, a pior temporada de gripe nos Estados Unidos desde 2009, com mais de 47 mil pessoas infectadas, e está em circulação agora no Brasil.


A mobilização nacional vai até 1º de junho e o Ministério já avisa que não haverá prorrogação. Para não perder tempo, o idoso Hugo Cezer Pereira vacinou-se ontem no Centro de Saúde Pompeia, em Belo Horizonte. Pereira, que recebeu a dose da enfermeira Karian Rios, pertence ao grupo prioritário, considerado pelo órgão mais suscetível ao agravamento de doenças respiratórias. Estão nesse grupo pessoas acima de 60 anos, crianças com idade entre seis meses e cinco anos, trabalhadores de saúde, professores das redes pública e privada, povos indígenas, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas privadas de liberdade – entre elas, adolescentes de 12 a 21 anos em medidas socioeducativas – e funcionários do sistema prisional.

Também estão aptos a se imunizar pelo SUS os portadores de doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais. Este público deve apresentar uma prescrição médica no ato da vacinação. Os pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS também podem se dirigir aos postos de saúde em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

Minas Gerais já registrou 12 casos de Síndrome Respiratória Aguda Grave (Srag) provocada pelo vírus influenza. A maioria foi causado exatamente pelo vírus H3N2. Segundo o último balanço divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG), em 9 de abril, já foram notificados 348 casos de Srag neste ano. Destes, 222 tiveram amostras coletadas e processadas. O Influenza foi responsável por 12 casos. Outros 28 foram causados por outros tipos de vírus. Em relação à influenza, 10 ocorrências foram provocadas pelo tipo A. Destes, oito eram o vírus H3N2. Também foram confirmados dois casos de contaminação por H1N1 que levaram à Srag. Os moradores eram de Araguari, na Região do Triângulo Mineiro, e Juatuba, na Região Metropolitana de Belo Horizonte.

Estudos comprovam que a vacinação contra gripe é importante. Ela é capaz de reduzir entre 32% a 45% o número de hospitalizações por pneumonias, de 39% a 75% a mortalidade global e em, aproximadamente, 50% nas doenças relacionadas à influenza. As doses são constituídas por vírus inativados, fracionados e purificados. Desta forma, não causam a doença.

Algumas pessoas podem sofrer algumas “manifestações” pós-vacina, segundo a SES/MG, como dor no local da injeção, eritema e enduração, que ocorrem em 15% a 20% dos pacientes. Casos de febre, mal-estar e dor no corpo de seis a 12 horas após a vacinação pode acontecer e persistir por um a dois dias. No ano passado, a cobertura vacinal em Minas foi de 91,2%. Mesmo assim, alguns grupos do público-alvo ficaram abaixo, como crianças e gestantes, que atingiram somente 80% da meta, contra os 90% desejados.

Medidas de higiene podem ser tomadas para evitar se contaminar ou transmitir a doença. Diante de qualquer sintoma deve-se procurar um posto de saúde.

INFORMAÇÃO SEGURA


Saiba o que é mito e o que verdade sobre a gripe e a vacina contra a doença


MITOS
1. É possível pegar gripe pela vacina?
Isso não é possível. A vacina contra a gripe é feita com o vírus morto. Portanto, é 100% segura e incapaz de provocar a doença nas pessoas que são vacinadas.

2. Em gestantes, a vacina faz mal para o bebê?
Pelo contrário. É muito importante a vacinação das grávidas, pois quando a mãe é vacinada o bebê também fica protegido.

3. A única forma de prevenir a gripe é tomando a vacina?
A vacina contra a gripe é a melhor e mais segura forma de se proteger contra a doença, porém, existem outras medidas importantes que ajudam na prevenção:
•Lavar e higienizar as mãos com frequência
•Não compartilhar objetos de uso pessoal, como talher, copo e garrafa
•Evitar tocar mucosas do olho, nariz e boca
•Ter boa alimentação e beber bastante líquido
•Evitar contato com pessoas que estejam com sintomas da gripe
•Manter a sua casa bem arejada

VERDADES

1. É preciso tomar a vacina todos os anos?
Sim. Isso acontece por dois motivos. Primeiro, porque a imunidade da vacina se mantém por um período de aproximadamente 12 meses. Segundo, porque a cada ano temos vírus diferentes, que causam diferentes tipos de gripe, e a vacina é produzida a partir dos vírus que estão mais propensos a aparecer durante o período de vacinação.

2. A gripe pode matar?

Se não for tratada a tempo, a gripe pode causar complicações graves e levar à morte, principalmente nos grupos de alto risco como pessoas com mais de 60 anos, crianças menores de cinco anos, gestantes e doentes crônicos.

3. Gripe e resfriado são doenças diferentes?
Embora os sintomas sejam muito parecidos, os vírus que causam a gripe e o resfriado são diferentes. A gripe é uma doença mais grave, que causa febre alta, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta e exige mais cuidados para não evoluir para uma pneumonia. Já o resfriado é mais brando e dura menos tempo.

Fonte: Ministério da Saúde


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