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Estado de Minas

Desde dezembro, febre amarela já matou 155 pessoas em Minas Gerais

Dados divulgados nesta terça-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) mostram que exames confirmaram mais cinco óbitos em decorrência da moléstia desde o último boletim, apresentado em 3 de abril


postado em 17/04/2018 13:50 / atualizado em 18/04/2018 08:18

Vacinas seguem disponíveis para a população nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS/MG)(foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil)
Vacinas seguem disponíveis para a população nas unidades do Sistema Único de Saúde (SUS/MG) (foto: Rovena Rosa/Agencia Brasil)

O fim do período considerado crítico para a febre amarela não desliga o alerta contra a doença em Minas Gerais. Mesmo com a redução das notificações de casos, exames continuam confirmando mortes. No período de monitoramento 2017/2018 (com início em julho do ano passado) já foram registrados 155 óbitos, em um total de 467 pessoas infectadas. Balanço divulgado nesta terça-feira pela Secretaria de Estado de Saúde (SES/MG) mostra aumento de cinco casos fatais em relação ao último boletim, de 3 de abril, e 21 confirmações a mais. Outro número que chama a atenção é o estoque de exames pendentes, que ainda podem representar um grande salto nos indicadores de incidência da virose: há 499 pacientes cuja suspeita de contaminação é investigada pela Fundação Ezequiel Dias (Funed), entre os quais 19 mortos. A secretaria informa que as notificações pendentes se devem à complexidade dos testes, que são repetidos para confirmar ou descartar o contágio.

A cronologia da doença desde dezembro, quando foi constatado o primeiro caso da temporada, mostra uma diminuição na incidência de contaminados. Janeiro terminou com 81 casos confirmados e 36 mortes. No mês seguinte, a situação se complicou: as confirmações subiram para 264, com 96 óbitos. Em março houve um grande aumento nas mortes: foram 413 confirmações da doença e 145 óbitos. De acordo com a SES, as notificações começaram a apresentar uma curva de elevação a partir da semana sete, que compreende o período entre 11 e 17 de fevereiro. O último paciente que teve a confirmação da febre amarela começou a sentir os sintomas em 29 de março.

Cidades ligadas às regionais de Saúde de Belo Horizonte e de Juiz de Fora, na Zona da Mata mineira, seguem como as que mais apresentam casos de febre amarela. Juiz de Fora está na liderança, com 30 confirmações da doença e nove mortes. Em seguida vem Mariana, com 31 casos e sete mortes. Nova Lima está na terceira colocação em número de casos, com 23, mas é a que mais registra mortes, 10 no total.

A maioria dos casos registrados da doença na temporada 2017/2018 acometeram homens, que representam 86,7% do total de pacientes. Apenas 11 mulheres morreram após contrair a febre amarela, o que representa 7,1% dos casos fatais. A média de idade é de 48 anos, sendo que foram registrados casos entre 0 a 88 anos. A letalidade da virose está em 33,2%, ou um óbito a cada três pacientes.

Desde fevereiro não há registro de mortes de macacos com a doença. Segundo o boletim divulgado pela Saúde estadual, naquele mês foram encontrados corpos de primatas mortos pela doença em 14 municípios. Vale lembrar que os animais não transmitem a virose e servem de sentinelas para a indicar onde há presença do vírus.

Em relação à vacinação, o estado se aproxima de atingir a meta entre o público-alvo. A cobertura vacinal acumulada está em torno de 94,10%, ante um objetivo de 95%. Porém, ainda há uma estimativa de 1.171.555 pessoas não vacinadas contra a virose, especialmente na faixa etária dos 15 aos 59 anos, também a mais acometida pela epidemia de febre amarela silvestre de 2017. 



PARQUES
 Devido à circulação do vírus da febre amarela por Minas Gerais, áreas verdes tiveram a visitação restringida para reduzir o risco de contágio pela doença. Mesmo com a diminuição das notificações da enfermidade, a pasta mantém o alerta. “Considerando que o período de transmissão se estende até o mês de junho, a Secretaria de Estado da Saúde mantém como recomendação sanitária que as medidas de controle em relação aos parques sejam mantidas, incluindo restrição de acesso”, informou a pasta.

Em Belo Horizonte, quatro parques estão fechados para a visitação. O primeiro a fazer a restrição foi Parque das Mangabeiras, em novembro do ano passado, seguido pelo vizinho Parque da Serra do Curral. Em janeiro deste ano foram fechados o Parque Aggeo Pio Sobrinho, no bairro Buritis, Região Oeste, e o Parque Ecológico Roberto Burle Marx – o Parque das Águas, no Barreiro. Já o zoológico da capital, na Pampulha, exige dos visitantes cartão de vacina atualizado para que tenham acesso à unidade sem risco de contaminação. Pelo mesmo motivo, o zoo também isolou a maior parte dos primatas em área à qual o público não tem acesso.


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