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Estado de Minas

Mulheres se reúnem na Praça Sete para discutir participação feminina na política

Evento comemorativo do Dia Internacional da Mulher incluiu palestras, intervenções culturais, debates, aulas de dança e muito mais


postado em 08/03/2018 18:55 / atualizado em 08/03/2018 19:09

Manifestação comemorativa pelo Dia Internacional da Mulher fechou o cruzamento da avenida Afonso Pena com a Avenida Amazonas, na Praça Sete, Centro de Belo Horizonte(foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)
Manifestação comemorativa pelo Dia Internacional da Mulher fechou o cruzamento da avenida Afonso Pena com a Avenida Amazonas, na Praça Sete, Centro de Belo Horizonte (foto: Gladyston Rodrigues/EM/D.A.Press)

A Praça Sete, no Centro de Belo Horizonte, se tornou palco para uma audiência pública promovida pela Comissão Extraordinária das Mulheres, da Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em um evento comemorativo do Dia Internacional da Mulher, celebrado nesta quinta-feira. A participação feminina na política brasileira e a luta pela inclusão nos espaços de poder foram alguns dos temas abordados no evento.

"Queremos dar visibilidade à nossa luta e encorajar as mulheres a participar mais ativamente da política", destacou a professora Marlise Matos, do Departamento de Ciências Políticas da UFMG. Nesta tarde, a professora ministrou uma roda de conversa sobre o tema: Mulheres na Política: reinventar a democracia. A professora defende que a democracia seja exercida pelas mulheres e elas tenham participação ativa no campo político.

Em entrevista à reportagem do Estado de Minas, Marise ressaltou a falta de inclusão das mulheres na política brasileira. Segundo ela, as mulheres representam menos de 10% do parlamento mineiro, o que significa que as pautas femininas acabam sendo decididas por homens. "Os homens representam 90% do parlamento e são eles quem decidem as nossas vidas. Como foi o caso da votação de legalização do aborto, que reuniu uma comissão em que havia apenas uma mulher. Isto mostra a exclusão das mulheres no campo político", revela.

A professora pontua que o Brasil apresenta uma das piores taxas de representação feminina na política. "Eu tenho não falado mais de subrepresentação, porque não é só um problema de representação, mas de exclusão das mulheres do campo político. Esse percentual de 10% é um dos piores da América Latina. Nós perdemos para a Arábia Saúdita, que tem 17% de representação de mulheres", argumenta.

Marise acrescenta ainda a importância da união para que as pautas femininas sejam atendidas. Segundo ela, as eleições representam o momento de garantia dos espaços de poder das mulheres. "Nós somos a maioria do eleitorado, então, é urgente que as mulheres a serviço de salvar seus prórios interesses e ver suas demandas atendidas, pensem em escolher mulheres para serem eleitas na votação que está por vir", convoca a professora.

O evento, que se estende por todo o dia, é promovido pela Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG), em parceria com entidades de apoio à luta pelos direitos das mulheres, e integra a programação especial Mulheres na Luta por Direitos: Resistência, Poder e Democracia. Confira a programação completa aqui.

* Estagiária sob supervisão da subeditora Ellen Cristie


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