Esse tipo de estrutura é muito comum na Holanda e na Alemanha, onde há planos para a instalação de mais de 100 construções para possibilitar que animais circulem por áreas verdes seccionadas por rodovias e avenidas. Pessoas pegas transitando pelas pontes chegam a ser multadas. Para ligar as duas partes da estação da UFMG, seria necessário transpor 26 metros da avenida e um desnível de cerca de 15 metros de uma porção a outra da floresta.

O espaço que fica dentro do câmpus da UFMG dispõe de uma lagoa artificial formada pelo barramento do Córrego Mergulhão, um dos afluentes da Sub-bacia Hidrográfica da Pampulha. Do outro lado, próximo ao Anel Rodoviário, há uma área de alagados que é hábitat de várias espécies de anfíbios. Um dos problemas do distanciamento das duas porções de mata atlântica da estação ecológica é justamente a vulnerabilidade da área mais afastada e desconectada da maior parte do câmpus. “Infelizmente essa área acaba sujeita a despejo de lixo e a incêndios, apesar dos nossos esforços”, conta o gestor da estação, professor Baeta Neves.