Integração entre as forças de segurança estadual e federal. Esse foi o pedido do secretário de Estado de Segurança de Minas Gerais, Sérgio Barboza Menezes, ao ministro da Justiça, Torquato Jardim, em reunião nesta quinta-feira para discutir as possíveis consequências da intervenção federal na segurança pública do Rio de Janeiro nos Estados vizinhos. Após o encontro, Menezes afirmou que o policiamento já está reforçado nas divisas com o Rio e que ainda será alinhado com Espírito Santo e São Paulo as estratégias para conter a passagem de drogas e armas.
O encontro dos secretários de segurança de Minas Gerais, São Paulo, e Espírito Santo, com o Ministro da Justiça aconteceu em São Paulo. Sérgio Menezes afirma que a reunião foi realizada para alinhar as estratégias que deverão ser seguidas pelos estados que fazem fronteira com o Rio de Janeiro durante a intervenção federal. “Quando soubemos da intervenção federal no Rio de Janeiro, nasceu essa preocupação de Minas no sentido de conhecer o que vai ser realizado e colocar um olhar para que a gente possa fazer o dever de casa em Minas Gerais com relação a contenção. Uma forma de colaborar com o Rio de Janeiro dentro do estilo de cooperação Federal”, disse.
O secretário pediu uma integração das forças de segurança dos estados vizinhos e, ainda, do Governo Federal. “Pedimos a inteligência e o mapeamento das fronteiras, e o fluxo de chegada de armamento, drogas ao Rio de Janeiro, e que possam impactar em Minas Gerais”, afirmou Menezes. “Mais relevante dessa intervenção no Rio de Janeiro é o esforço da inteligência integrada das forças de segurança, tanto do Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerias, e as forças que são federais para que, com esse trabalho integrado, possamos melhorar a resposta das armas que chegam, da droga que passa nas malhas rodoviárias de Minas Gerais”, completou. Outro pedido feito pelo secretário foi a reativação do Centro Integrado de Comando e Controle com envolvimento de todas as forças de segurança estadual e federal.
Sobre o reforço nas fronteiras de Minas Gerais com o Rio de Janeiro, Menezes afirmou que o policiamento já é feito com mais homens. Mas, novas estratégias ainda serão estudadas com outros estados. “É só agora sentar com as forças de segurança dos estados vizinhos, Espírito Santo, São Paulo, e Rio de Janeiro, e as aforças de segurança federal para afinar essa interlocução e melhorar essa repressão voltada exclusivamente para áreas de divisa”, finalizou.
Ajuda
O ministro da Justiça, Torquato Jardim, anunciou, após o encontro, a formação de uma ação integrada entre os Estados de São Paulo, Espírito Santo e Minas Gerais. O ministro não descartou que haja ações de precaução em outros Estados, além daqueles que fazem divisa com o Rio. "Se a marola, a onda, virar tsunami, vamos realizar reuniões em tantos Estados e Regiões quanto se fizer necessário", disse o ministro.
Os secretários da Segurança Pública dos três Estados na capital paulista, o ministro anunciou que haverá "cooperação política, financeira e operacional" entre o governo federal e os estaduais. Ele disse que, "se necessário", a União pode ajudar com auxílio financeiro e equipamentos, mas não garantiu nenhum valor específico.