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Estado de Minas

Total de óbitos por febre amarela aumentou quase 25% desde o boletim anterior

Doença avança e número de mortes representa 41,53% dos diagnósticos. Total de óbitos supera o da mesma data do ano passado


postado em 16/02/2018 06:00 / atualizado em 16/02/2018 08:57

Fila para vacinação contra febre amarela: maior parte dos municípios do estado ainda não atingiu a meta de 95% da população imunizada (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
Fila para vacinação contra febre amarela: maior parte dos municípios do estado ainda não atingiu a meta de 95% da população imunizada (foto: Juarez Rodrigues/EM/D.A Press)
A escalada de mortes provocadas pela febre amarela mantém Minas Gerais em alerta máximo contra a doença. Dados divulgados ontem pela Secretaria de Estado da Saúde (SES/MG) mostram aumento de 24,5% no número de casos fatais, que já totalizam 76 óbitos, 15 acima dos registrados em levantamento divulgado há nove dias e um a mais que a quantidade contabilizada na mesma data do ano passado, naquele que até então era considerado o pior quadro da doença na história.

Apesar do avanço dos óbitos entre os dois relatórios, o resultado não significa que as mortes tenham ocorrido nesse intervalo. Esse é o período em que saíram os resultados de exames que confirmaram a doença. No total, Minas tem 183 diagnósticos confirmados de febre amarela, uma relação casos/mortes de 41,53%.

Em 2017 eram, no dia 15 de fevereiro, 208 casos, com índice de letalidade de 35,58%. Porém, segundo a Secretaria de Estado da Saúde, não houve agravamento do quadro epidemiológico: o que mudou entre os dois períodos, na avaliação da pasta, foi a rápida resposta do sistema de diagnóstico laboratorial da Fundação Ezequiel Dias (Funed)

Desde o início do ano, as infecções por febre amarela vêm subindo rapidamente. No primeiro boletim sobre a doença divulgado em 2018, Minas apresentava duas mortes causadas pela doença. Cinco dias depois, já tinha 13 casos confirmados, sendo seis óbitos, e 10 casos investigados. Em 11 de janeiro, eram 11 confirmações, nove mortes e 10 notificações em apuração. Em 15 de janeiro, o número de casos subiu para 12, com 11 óbitos, e 34 registros em investigação.

O boletim seguinte foi divulgado em 17 de janeiro, com 22 casos, 15 mortes e 46 notificações em apuração. Janeiro terminou com 81 casos confirmados, 36 mortes e 208 casos ainda sendo investigados. Em fevereiro, a escalada prossegue. O primeiro balanço no mês foi liberado no dia 6, quando 164 casos tinham sido confirmados, com 61 óbitos, e 301 exames ainda estavam pendentes. Ontem foram incluídos 19 casos e 15 mortes. Chamam a atenção os casos investigados, que subiram para 404, alta de 103 em relação ao levantamento anterior.

A cobertura vacinal está em 83,3%, longe ainda da meta de 95%. Segundo a Secretaria de Estado da Saúde, a estimativa é de 3,2 milhões de pessoas em Minas Gerais sem imunização contra a febre amarela. A maioria das pessoas que não procuraram os postos de saúde tem entre 15 a 59 anos.

Dos 853 municípios do estado, 37,63% (321) não alcançaram 80% de cobertura vacinal; 33,65% dos municípios (287) têm entre 80% e 94,9% dos moradores vacinados; com mais de 95% estão 28,72% das cidades mineiras (245).

SOCORRO Prefeituras mineiras que extrapolarem o teto financeiro hospitalar com internações de pessoas com suspeita ou confirmação da doença poderão pedir ajuda ao estado. A secretaria publicou deliberação no início do mês, aprovando o ressarcimento, com limite de R$ 1,5 milhão por cidade, aplicado aos municípios das Regiões Ampliadas de Saúde Centro, Centro-Sul, Leste e Sudeste.

O município extrapola o teto financeiro quando promove mais procedimentos de saúde do que o acordado para custeio mensal pelo Serviço Único de Saúde (SUS). Para ter direito ao ressarcimento, os prefeitos terão que apresentar balanço da produção hospitalar durante o período.

 

Vírus está
mais perto


O Ministério da Saúde informou ontem que técnicos do Instituto Evandro Chagas (IEC) e do Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) detectaram o vírus da febre amarela em mosquitos Aedes albopictus, espécie conhecida popularmente como tigre asiático. Os insetos foram capturados no ano passado em áreas rurais e urbanas de Itueta e Alvarenga, no Vale do Rio Doce. Ainda não é possível confirmar que o inseto tenha capacidade de transmitir a doença, o que exigirá novos estudos. “Por isso, é preciso voltar a essas áreas, para uma nova coleta de mosquitos que possibilite avaliar a capacidade de transmissão deles”, explicou o diretor do IEC, Pedro Vasconcelos.


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