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Estado de Minas

Experiência dá errado e fere sete alunos em feira de ciências em escola de Minas

O incidente aconteceu na manhã desta quarta-feira durante um experimento sobre as cores das chamas de acordo com os produtos químicos que seriam queimados na atividade


postado em 22/11/2017 16:43 / atualizado em 22/11/2017 17:03

(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação )
(foto: Corpo de Bombeiros/Divulgação )

Um incidente durante um experimento em uma feira de ciências deixou sete estudantes feridos nesta quarta-feira em Viçosa, na Região da Zona da Mata Mineira. Os alunos, com idades entre 15 e 18 anos, estavam na Escola Estadual Doutor Raimundo Torres quando a explosão aconteceu. As vítimas sofreram queimaduras de 1º e 2º grau. Uma garota de 18 anos precisou ser transferida de helicóptero para Belo Horizonte. Os jovens estavam sozinhos no laboratório. As responsabilidades ainda serão apuradas pela Polícia Civil e Secretaria de Estado de Educação (SEE).


Na manhã desta quarta-feira os estudantes faziam um experimento sobre as cores das chamas de acordo com os produtos químicos que seriam queimados na atividade. No boletim de ocorrência da Polícia Militar, um adolescente contou que recebeu uma mensagem por um aplicativo da professora responsável dizendo que a atividade começaria às 8h, porém, sem especificar se iria acompanhar.


No documento, o adolescente afirma que levou um pequeno botijão de gás com um dispositivo na ponta onde sairia o fogo. A adaptação, segundo o garoto, foi feita pelo pai dele. Segundo o boletim de ocorrência, o estudante acendeu o dispositivo e o gás começou a pegar fogo. O grupo borrifou álcool automotivo e sal nas chamas, que mudaram de cor. Em seguida, conforme o boletim de ocorrência, o estudante interrompeu a saída do gás e não o usou mais para a experiência.


Depois, segundo relatos dos estudantes, eles começaram a jogar o álcool e os sais em recipientes de porcelana, onde estavam outros materiais. De acordo com a PM, o estudante contou que pegou um recipiente de plástico com álcool de combustível automotivo e, quando ia despejar o líquido em um dos quatro recipientes que estavam sobre a mesa, ocorreu uma grande chama no local. A explosão foi direcionada para outros alunos que estavam no local. Possivelmente, segundo o boletim de ocorrência, a combustão aconteceu por causa dos gases que estavam dentro do recipiente plástico onde estava o álcool.


O fogo provocou ferimentos em sete pessoas. Elas foram socorridas por uma ambulância da Universidade Federal de Viçosa (UFV) e pelo Corpo de Bombeiros. Cinco vítimas sofreram ferimentos leves, a maioria com queimaduras de 1º e 2º graus. Uma adolescente teve queimaduras de 3º grau em 6% do corpo. Ela foi encaminhada para o Hospital São Sebastião.


A situação mais grave é de uma jovem de 18 anos, que está na mesma unidade de saúde. Segundo informações de funcionários do hospital, ela teve queimaduras na face, foi entubada e transferida no helicóptero do Corpo de Bombeiros para o Hospital João XXIII, em Belo Horizonte.


Investigação


Uma investigação será aberta para apurar as responsabilidades do incidente. De acordo com informações do boletim de ocorrência, nenhum professor ou monitor estava na sala de aula no momento em que aconteceu o caso. O experimento teria que ser acompanhado, segundo informações passadas pela PM, por uma educadora e três estudantes de química da UFV.


De acordo com o boletim de ocorrência da PM, a supervisora da escola esteve no hospital e afirmou que está prestando apoio às vítimas e familiares. Segundo consta no documento, ela informou que o evento estava sob supervisão da professora e que ela não tinha dado início à atividade. De acordo com o relato da supervisora, os alunos foram para a sala sem autorização e deram o início ao procedimento. Contou, ainda, que a atividade seria feita com fósforo e não gás. A professora ficou em choque e teve que ser atendida.


No boletim de ocorrência também consta o depoimento dos estudantes da UFV que participariam do evento. Segundo eles, as atividades são acompanhandas pelos universitários há anos. Eles afirmaram que não estavam na sala no momento da explosão e desconheciam o que acontecia no local.


O em.com.br entrou em contato com a Secretaria de Estado de Educação (SEE) de Minas Gerais, que ainda deve se posicionar.


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