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Estado de Minas

Casa de Retiros São José completa 60 anos dedicados à formação humana

Instituição da Congregação dos Redentoristas oferece também teatro, capela modernista e outros serviços


postado em 09/11/2017 06:00 / atualizado em 09/11/2017 07:58

Capela São José, um dos orgulhos da comunidade rendendorista(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Capela São José, um dos orgulhos da comunidade rendendorista (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
No distante ano de 1957, quando Belo Horizonte estava na metade da sua história, uma construção rodeada de matas surgia na Região Noroeste, dominada nos primórdios pela Fazenda do Pastinho. Não havia Anel Rodoviário e Via Expressa nesse tempo, mas a Casa de Retiros São José, da Congregação dos Redentoristas, já apontava novos caminhos no crescimento da cidade fundada em 12 de dezembro de 1897. Toda essa história veio à tona com a celebração de seis décadas da instituição, que continua a manter o objetivo de atuar na formação humana e oferece também teatro, capela modernista e outros serviços para recarregar as baterias de qualquer cristão. “Na verdade, de todos os brasileiros, pois o local é ecumênico e estamos sempre de portas abertas para grupos de visitantes, encontros de empresa e outros eventos. Tudo isso foi erguido com o apoio dos belo-horizontinos”, diz o responsável pelo local, padre Flávio Campos.

Na tarde de terça-feira, dia do aniversário, padre Flávio mostrou as dependências da Casa de Retiros São José, no Bairro Dom Cabral, que ocupa 46 mil metros quadrados de área verde, dispõe de horta – os alimentos orgânicos consumidos provêm dos canteiros –, pomar e bosque. Retirando de uma caixa fotos caprichadamente guardadas em papel adequado e com numeração, o religioso mostrou, no registro em preto e branco, o prédio grandioso no meio da mata. “Estes 60 anos têm muito a ver com a memória de BH. Na época, perto daqui, só havia mesmo o Seminário Coração Eucarístico, proprietário anterior do terreno. Para chegar, os padres saíam do Centro a cavalo. Muitos moradores ainda chamam aqui de Pastinho, devido à antiga propriedade do Coronel Júlio Murta, um dos homens mais ricos e influentes da nova capital e doador de recursos para a edificação da Igreja dos Sagrados Corações, no Bairro Padre Eustáquio.”

O volume de fotos traz à atualidade encontros importantes ocorridos na Casa de Retiros: num dos retratos, datado de 1959, está o ex-arcebispo emérito de Olinda e Recife (PE) e um dos fundadores da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), dom Hélder Câmara (1909-1999), com o bispo de BH dom João Resende Costa (1910-2007). O motivo era a Semana Catequética Nacional. Há também o Encontro da Juventude Operária Católica, dois anos depois, e muitos retiros de pessoas de todo canto durante o carnaval. “Temos uma tradição de meio século em promover esse tipo de atividade e lazer no tempo da folia”, destaca o padre, ressaltando que os redentoristas estão na capital desde 1900.
Padre Flávio Santos mostra foto antiga da casa, fundada em 1957(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Padre Flávio Santos mostra foto antiga da casa, fundada em 1957 (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)

EXPOSIÇÃO Muitas das fotos integram a exposição permanente aberta ao público nesta semana contando a trajetória da Casa de Retiros, hoje com 96 apartamentos e pronta para receber 200 pessoas. Continuando a mostrar o material, agora em álbuns, o sacerdote explica que, no início da fundação da Casa de Retiros, o maior problema era a água. “Não tinha água encanada. Então, o jeito foi abrir um poço artesiano. Veja como era a cidade naqueles tempos!” Outro pequeno tesouro da mostra é uma maquete de madeira, da época da construção da Casa de Retiros, de autoria do redentorista padre Alberto Vieira, muito bem cuidada e que dá a dimensão da propriedade.

Depois de ver as fotos históricas, nada como conhecer o ambiente impecavelmente limpo da Casa de Retiros, que fica na Avenida Itaú, 457, vizinha de fundos com a PUC Minas-Coração Eucarístico. Um dos orgulhos da comunidade redentorista, à frente também da Igreja São José, no Centro, e da Casa de Formação Dom Muniz, no Bairro Planalto, é a Capela São José, com mural e vitrais recriando os Sete Sacramentos assinados, em 1958, pelo padre holandês José Smeets, da Congregação dos Missionários do Sagrado Coração.

Pouco conhecida, a capela aquieta o coração pela atmosfera aconchegante e enche os olhos pela beleza do painel os “Novíssimos”. Ladeando a figura de Cristo, estão, do lado esquerdo, a Morte colhendo uma vida e a Justiça; e, do direito, o Paraíso e o Inferno. “Simbolizam as últimas coisas que vão acontecer com a pessoa. Na ilustração do Inferno, está a pessoa no isolamento de Deus”, revela.
Fachada da instituição, que viveu momentos históricos das capital(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Fachada da instituição, que viveu momentos históricos das capital (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)

Outro patrimônio importante é o Teatro Santo Afonso, com plateia para 420 pessoas e apropriado tanto para funcionar como auditório (conferências, simpósios, palestras, encontros corporativos, formaturas de escolas etc.) quanto para receber peças. Nos últimos sete anos, num processo de requalificação, a sala teve todas as cadeiras trocadas, ganhou equipamentos de climatização e outros para tratamento acústico (paredes e forro), iluminação cênica, gravação ao vivo e mesa de iluminação.


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