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Estado de Minas

Clube acusado de homofobia diz, em nota, que 'repudia toda forma de preconceito'

Depois de ser denunciado por irmãs confundidas com casal lésbico, estabelecimento diz que caso está "sendo analisado de maneira responsável"


postado em 08/11/2017 20:20 / atualizado em 08/11/2017 22:49

Débora Sena segura boletim de ocorrência feito no dia do caso(foto: Arquivo pessoal)
Débora Sena segura boletim de ocorrência feito no dia do caso (foto: Arquivo pessoal)
Após a repercussão do caso em que duas irmãs denunciaram terem sido confundidas com um casal lésbico e sofrido preconceito no Clube Huracan, em Sete Lagoas, na Região Central de Minas, o estabelecimento se posicionou, por meio de nota, sobre o caso. No texto, a empresa diz que "repudia toda e qualquer forma de preconceito" e que "a análise do fato está sendo feita de maneira responsável juntamente com os funcionários e demais sócios presentes no local, que de antemão informaram que não houve nenhum ato grosseiro". 

Entenda o caso

Débora Sena, de 24 anos, contou ao em.com.br que em  21 de outubro foi surpreendida por um funcionário do clube quando abraçava sua irmã, Tâmara Sena, de 21, na beira da piscina. "Ele falou 'desagarra, desagarra', e eu não havia percebido que era com a gente", disse a mulher, que não o conhecia, já que seu marido era o sócio. "Falei que éramos irmãs e ele duvidou, dizendo que aquele era um 'clube de família', e que não era permitido abraçar nem beijar naquele local", completou.

Naquela tarde, a mulher procurou a diretoria, e um funcionário teria dito que outro cotista havia pedido para que ele chamasse a atenção das irmãs, e que aquela era uma "norma do clube".

Ainda no local, segundo Débora, o presidente do estabelecimento entrou em contato por telefone. "Ele disse que abraçar não era permitido no local e para eu não render assunto, pois corria o risco de ser expulsa", disse a jovem, que, junto ao marido, quis cancelar a cota e processar o estabelecimento. Deivid Corcino, de 30, marido de Débora, disse que ainda não foi procurado pela instituição após a publicação do posicionamento.

Avaliações

Na página do clube no Facebook, o estabelecimento recebeu diversos comentários negativos após a denúncia feita por Débora. A classificação da página, até o momento de fechamento desta matéria, estava em 3,1 estrelas (em uma escala de 5). A empresa respondeu a todos os comentários com a nota de posicionamento, que pode ser conferida no final desta matéria. Confira abaixo algumas avaliações feitas por usuários na página do clube.
  






NOTA

O Clube Huracan publicou em sua página no Facebook uma nota dizendo que o estabelecimento é "um dos mais antigos e respeitados da região" e que " repudia toda e qualquer forma de preconceito e tem como objetivo o incentivo a educação esportiva e social". Confira na íntegra o posicionamento do clube:

"A respeito do suposto fato ocorrido no dia 21/10/2017 amplamente divulgado pela imprensa e nas redes sociais, no qual uma sócia sugere a ocorrência de um ato de homofobia nas dependências do clube, a diretoria informa que todas as providências estão sendo tomadas a fim de que o fato seja corretamente apurado visto que o Clube Huracan, um dos mais antigos e respeitados da região, repudia toda e qualquer forma de preconceito e tem como objetivo o incentivo a educação esportiva e social.

A análise do fato está sendo feita de maneira responsável juntamente com os funcionários e demais sócios presentes no local, que de antemão informaram que nenhum ato grosseiro, desrespeitoso e muito menos discriminatório ocorreu.

O Clube Huracan possui valores sólidos e em seu quadro de sócios e colaboradores pessoas de diversas orientações sexuais, de forma que não tolerará atos de discriminação ou quaisquer condutas que afrontem o respeito aos frequentadores.

Contudo, o Clube acredita que toda e qualquer forma de manifestação deve estar pautada pela racionalidade e a correta compreensão dos fatos.

Nos colocamos à disposição dos envolvidos e do nosso quadro de sócios para conversar, esclarecer e comprovar nosso posicionamento a favor da diversidade e respeito a todos."

*Estagiário sob supervisão da editora Liliane Corrêa


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