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Estado de Minas

Autoridades lançam novo plano de revitalização do Rio das Velhas

Objetivo do projeto é a recuperação e a preservação do rio e passa pela implantação do sistema de tratamento terciário do esgoto das estações de BH


postado em 05/06/2017 13:08 / atualizado em 05/06/2017 13:43

Lançamento do programa Revitaliza Rio das Velhas ocorreu no auditório da Copasa(foto: Mateus Parreiras/EM/DA Press)
Lançamento do programa Revitaliza Rio das Velhas ocorreu no auditório da Copasa (foto: Mateus Parreiras/EM/DA Press)
Foi assinado, na manhã desta segunda-feira, o termo para a revitalização do Rio das Velhas. O pacto reúne o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas (CBH-Rio das Velhas), as prefeituras que integram a bacia, a Copasa e a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad).

O lançamento do programa, chamado Revitaliza Rio das Velhas, marca a abertura da Semana do Meio Ambiente 2017. O evento foi realizado no auditório da Copasa, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. O objetivo do projeto é a recuperação e a preservação do rio e passa pela implantação do sistema de tratamento terciário do esgoto das estações da capital mineira.

“O Rio das Velhas é um rio muito importante para a economia mineira, para a população que está em seu entorno, mas também para a segurança ambiental. Nossa ideia é buscar formar projetos que solidifiquem uma trama verde e azul – água e floresta – para que dê garantia da manutenção das nossas nascentes, das áreas de recarga, que são inclusive  muito importantes para o abastecimento público da região central e metropolitana”, afirma o secretário-adjunto de Meio Ambiente de Minas Gerais, Germano Vieira.

A assinatura do termo ocorre depois da terceira edição da expedição “Rio das Velhas, Te Quero Vivo”, que percorreu mais de 100 quilômetros de caiaque, de Ouro Preto a Santa Luzia, e foi acompanhada pela equipe do Estado de Minas. Além do cenário de poluição do curso d'água, a reportagem também constatou deficiência na fiscalização. Questionado, Vieira informou que a situação deve mudar. “O que vai mudar é a estratégia de fiscalização. Não importa 'mais fiscais', mas uma estratégia correlacionada com outras instituições de controle também, com a Polícia Militar, com a Polícia Civil. Quando é o caso, inclusive, com ações do Ministério Público Estadual, e quando for o caso também com a própria Justiça Federal, quando estivermos tratando de garimpos ilegais, extração de minério ilegal, para que todas essas instituições possam, de uma maneira coordenada, atuar na fiscalização do Rio das Velhas”, disse.

Também presente na assinatura, o diretor de Operação Metropolitana da Copasa, Rômulo Perilli, anunciou um investimento da Copasa no tratamento de esgoto ao longo da bacia. “Agora ainda temos 30% de todo esgoto coletado nas cidades da bacia do Rio das Velhas lançado no curso d'água. É esse projeto que vamos fazer agora. A Copasa pretende, nos próximos cinco anos, investir R$ 600 milhões em obras estruturantes nessas bacias, nessas cidades, para recolher e tratar esgoto”, destacou.

Alex Salvador, prefeito de Itabirito, esteve na capital respresentando os prefeitos da Bacia do Alto Rio das Velhas. “Uma das coisas que fizemos foi conseguir tratar nosso esgoto, 75% do nosso esgoto é tratado. Mas, foi uma batalha. Entendo a batalha dos outros prefeitos, mas é preciso a boa vontade e a disciplina da sociedade, não apenas do governo e das prefeituras”, comentou.

O presidente do Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio das Velhas, Marcus Vinicius Polignano, ressaltou a importância da iniciativa firmada hoje. “O rio só se manterá vivo se o entorno viver. As serras da Moeda, da Gandarela, das Andorinhas, precisam ser preservadas, pois delas vêm as nascentes e as áreas de recarga. O programa é uma sequência que vai desde o controle desse passível ambiental. Queremos tratar 100% dos esgotos do Alto Rio das Velhas, de Rio Acima, Raposos, Nova Lima”, enfatiza.

EXPEDIÇÃO A expedição pelo Velhas é promovida pelo Projeto Manuelzão e pelo CBH-Rio das Velhas para a revitalização do manancial. As outras duas ocorreram em 2003 e em 2009 e a partir delas o estado e alguns municípios se comprometeram com ações que visavam tornar o rio limpo o suficiente para voltar a ser navegável, servir de habitat para peixes que possam ser pescados e consumidos e ainda uma fonte de banho para o lazer dos ribeirinhos. Houve avanços, como a construção das estações de tratamento (ETEs) dos ribeirões Arrudas e Onça, capazes de remover os poluentes de 60% do esgotos de Belo Horizonte. Mas as chamadas metas 2010 e 2014 não conseguiram nenhum dos grandes objetivos. (Com informações de Mateus Parreiras)


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