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Estado de Minas

Moradores do Mangabeiras continuam batalha para impedir instalação de hospital

Apesar de decisão favorável da Justiça Federal, associação aguarda sentença de outro processo, no tribunal de Minas Gerais, que deve sair em julho


postado em 03/06/2017 06:00 / atualizado em 03/06/2017 09:24

Novo hospital ocupará instalações do antigo Hilton Rocha(foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Novo hospital ocupará instalações do antigo Hilton Rocha (foto: Rodrigo Clemente/EM/D.A Press)
Depois de a Justiça Federal liberar obras para instalação de um hospital de tratamento de câncer no Mangabeiras, na Região Centro-Sul de Belo Horizonte, moradores do bairro apostam agora em outra ação movida no Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) para tentar impedir o funcionamento do Hospital Oncomed no prédio do antigo Instituto dos Olhos Hilton Rocha. Um abraço simbólico à Serra do Curral, onde fica o imóvel, está marcado para 10 de junho.

O prédio fica no sopé da Serra do Curral, monumento símbolo da cidade de Belo Horizonte tombado pela Lei Orgânica do Município e pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan). Em 29 de maio, o juiz Carlos Alberto Simões de Tomaz, da 17ª Vara Federal, negou pedido do Ministério Público de Minas e do Ministério Público Federal para que fosse declarada a “incompatibilidade” da edificação do Hospital Hilton Rocha na área tombada da Serra do Curral.

Entre outras coisas, o MP sustentou em ação civil pública que o projeto prevê acréscimo na área construída e que citou necessidade de proteção à serra. O magistrado, porém, considerou que a obra deve ocorrer. “A construção de um hospital para tratamento de câncer, com vagas destinadas ao Sistema Único de Saúde (SUS), deveria ser de interesse público”, escreveu.

Diante da decisão, o presidente da Associação dos Moradores do Bairro Mangabeiras, Rodrigo Bredan, informou que a comunidade espera desfecho favorável em outro processo, este movido pela entidade no TJMG. A expectativa é de que a sentença saia em julho. Para ele, o funcionamento de um centro preventivo e tratamento de doenças neoplásicas no local vai provocar vários impactos na região. “A serra é um patrimônio. Nós não somos contra hospitais, mas os moradores entendem que existem outros lugares para implantação de um hospital desse porte, que trará um grande impacto na área de preservação ambiental”, afirmou.

Bedran disse lamentar a decisão liberando as obras. “Lamento o juiz achar que se trata apenas de um incômodo para os moradores, sendo que se trata de um movimento que já tomou uma proporção muito maior.”.


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