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Estado de Minas

Enquanto mundo comemora centenário de aparecimento de Nossa Senhora, ladrões furtam coroa de ouro da santa em Minas

Polícia Civil não tem pistas dos criminosos


postado em 01/06/2017 18:00 / atualizado em 01/06/2017 22:32

O que deveria ser uma festa religiosa em homenagem ao centenário do aparecimento de Nossa Senhora a três pastores portugueses – Francisco, Jacinta e Lúcia – virou caso de polícia no interior de Minas Gerais. Larápios furtaram na noite de quarta-feira a coroa de Nossa Senhora de Fátima na matriz do município de Oilveira, no Centro-Oeste do estado, a 160 quilômetros de Belo Horizonte. Não há pista dos suspeitos.

 

A peça, com 15 centímetros de altura e 7,5 centímetros de diâmetro, é banhada em ouro e tem 16 diamantes, cinco rubis, três vidros de esmeraldas e cinco quatzos de ametista. A paróquia não soube estimar o valor comercial do acessório. Fiéis, entretanto, ressaltam que o maior valor da coroa é o sagrado e o patrimonial.

 

O acessório chegou à cidade mineira na década de 1950. Veio justamente de Portugal, onde Nossa Senhora apareceu para os pastores, em 13 de maio de 1917, na cidade de Fátima, a aproximadamente uma hora de carro da capital, Lisboa. No data exata do centenário, o papa Francisco canonizou Francisco e Jacinta, que faleceram, ainda crianças, vítimas da peste negra, doença que matou milhares de europeus na primeira metade do século passado.

 

Lúcia, a terceira criança a relatar a visão da mãe de Jesus, passou a vida num convento e faleceu, em 2005, aos 98 anos. Certamente também será canonizada. A aparição em Fátima também entrou para a história como o dia em que Nossa Senhora revelou ao garoto e às duas meninas os três segredos de Fátima.

 

A coroa é mostrada aos fiéis em ocasiões especiais, como o mês do centenário da aparição. Ainda assim a paróquia mantinha cuidados. A peça, por exemplo, estava numa vitrine da qual apenas funcionários e padres têm a chave. Mas a proteção não foi suficiente para impedir o furto.

 

A Polícia Civil entrou no caso ontem, mas ainda não há pistas sobre os autores. Procurado pela reportagem, o pároco responsável pela matriz estava em compromissos religiosos. Na boca dos devotos, contudo, a informação é que não há sinais de arrombamento seja na igreja quanto seja na vitrine.

 

O caso ganhou repercussão em toda região. Caso os ladrões não sejam encontrados rapidamente, há expectativa de que a coroa seja inscrita na chamada lista de difusão branca, que reúne objetos de alto valor, como obras de arte, que são surrupiados em mais de 190 países. A Organização Internacional de Polícia Criminal (Interpol) é uma das instituições que sempre acompanham crimes relativos a peças inscritas na lista.

(RG)


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