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Estado de Minas

Proximidade das festas juninas reforça alerta contra acidentes na rede elétrica

Ter atenção com as redes é uma recomendação válida durante todo o ano, mas a precaução deve ser redobrada com a aproximação das festas juninas, por causa dos fogos de artifício, fogueiras de São João, bandeirinhas metalizadas


postado em 17/05/2017 06:00 / atualizado em 17/05/2017 07:29

Poda de árvore feita pela PBH e Cemig no Bairro Serra: intervenção deve ser sempre feita por pessoal especializado, e não por moradores(foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS - 10/07/2014)
Poda de árvore feita pela PBH e Cemig no Bairro Serra: intervenção deve ser sempre feita por pessoal especializado, e não por moradores (foto: Beto Novaes/EM/D.A PRESS - 10/07/2014)
Não é à toa que os fios de alta-tensão da rede elétrica estão instalados em grandes alturas ou em redes subterrâneas. Apesar de não apresentar um perigo visível, a eletricidade exige cuidados para evitar acidentes que podem deixar sequelas graves ou levar à morte. Ter atenção com as redes é uma recomendação válida durante todo o ano, mas a precaução deve ser redobrada com a aproximação do período de festas juninas, por causa dos fogos de artifício, fogueiras de São João, bandeirinhas metalizadas ou instalações elétricas feitas para barraquinhas de comidas e bebidas. No ranking dos acidentes, os casos relacionados à construção civil estão na ponta, seguidos por ocorrências ligadas à falta de poda dos galhos de árvores ou corte indiscriminado, sem a presença de profissionais especializados

O uso inadequado da rede elétrica ocorre em muitas situações. De acordo com o engenheiro de segurança Demétrio Aguiar, da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), as ligações clandestinas, conhecidas como ‘gatos’, estão em terceira posição na lista, seguidas das atividades agrárias com uso de grandes máquinas no campo, e das obras em vias públicas. Integram o levantamento ainda os acidentes com papagaios que tocam a rede elétrica, além de fios partidos caídos por causas diversas e que não são desativados automaticamente, como é praxe ocorrer.

Aguiar reforça que acidentes com eletricidade são perigosos. Ele lembra que as descargas elétricas podem causar extensas queimaduras internas no organismo, que levam à morte ou deixam graves sequelas. “O corpo humano é considerado um mau condutor de energia elétrica. Por isso, não conduz a energia como um fio, por exemplo. Com isso, ele funciona como uma resistência de chuveiro e aquece, internamente, em altas temperaturas. Tudo ocorre em fração de segundos, podendo levar imediatamente à morte ou deixar sequelas”, explica o engenheiro. Em outra circunstância, pessoas atingidas por descargas elétricas podem sofrer uma parada cardiorrespiratória porque a energia, ao passar pelo coração, provoca a fibrilação deste órgão, além da parada respiratória, fazendo com que a pessoa morra em segundos.

Recomendações Como proteção, o engenheiro diz que as pessoas podem adotar condutas simples, mas de grande importância. Nas obras, por exemplo, sejam elas de construção, reforma ou acabamento, funcionários devem ficar atentos quanto á presença dos fios da rede aérea e manter distância. “Na obra, o pedreiro já tem muitos itens para se preocupar, como o risco de queda, segurança de andaimes, presença de pregos em tábuas, uso de máquinas que podem provocar acidades e, muitas vezes, se esquecem do cuidado ao manusear objetos próximo à rede. Desse modo, podem sofrer um choque elétrico de alta potência (7.960 volts), se encostarem em apenas um fio, ou ainda maior, de 13.800 volts, em caso de tocar dois fios”, afirma Aguiar. Ele diz que, nestes casos, pode haver ferimentos ou morte por causa de choque ou por queda. O especialista alerta ainda sobre a necessidade de uso de equipamentos de proteção individual e coletiva.

No caso da poda de árvores, mais recomendações. Como há, nas cidades, árvores de grande porte que não foram bem planejadas na ocasião do plantio, o engenheiro explica que elas acabam atingindo a rede elétrica e partindo fios, especialmente na época de chuvas. “Quando o fio se parte, ocorre o desligamento automático do sistema de proteção por causa do curto-circuito. Mas, se ele ficar ligado, pode continuar conduzindo eletricidade e provocar acidentes. Por isso, ninguém deve se aproximar de um fio partido. Nesses casos, a orientação é sempre acionar a Cemig, que dá total prioridade a esse tipo de ocorrência”, afirma.

Outro cuidado importante precisa ser tomado no momento do corte, que deve ser feito por pessoas especialistas. “Muitas vezes o morador resolve realizar o corte porque a demanda pode demorar a ser atendida. Mas, esse procedimento não deve ser adotado nunca, diante do risco de choque ou queda de altura”, alerta Demétrio Aguiar. No caso dos ‘gatos’, o perigo é o mesmo, tendo em vista que quem faz esse tipo de ligação clandestina sobe em postes sem equipamentos de proteção e não tem habilidade técnica para o trabalho. Com intervenções precárias, acaba se expondo a risco de acidente. Ligações clandestinas ainda causam danos aos transformadores de energia, que podem queimar por sobrecarga. Também podem deixar todo um bairro ou até uma pequena cidade sem o fornecimento de energia. “Além disso, que paga toda a conta é consumidor regularizado”, conclui Aguiar.

ZONA RURAL
O campo é também lugar de cuidado com a rede elétrica. Nos serviços rurais, os trabalhos feitos com colheitadeiras de grãos e outras máquinas de grande porte podem atingir os fios da rede elétrica, especialmente à noite, quando são pouco visualizados pelos operadores. “Esse atropelamento da rede expõe o trabalhador aos efeitos da descarga elétrica e estraga a máquina. Por isso, as redes devem ser bem mapeadas e os profissionais, orientados sobre suas posições”, afirma o engenheiro de segurança da Cemig, Demétrio Aguiar.

Na cidade, obras em vias públicas também exigem planejamento, já que escavadeiras, caminhões basculantes e outras máquinas de grandes dimensões, quando operadas sem cuidados, podem atingir os fios da rede elétrica e eletrocutar os operadores. Mesmo em áreas com rede subterrânea, é preciso prevenir, pois obras com perfurações podem atingir os fios enterrados e causar choques nos funcionários. “Toda atividade deve ser feita por profissionais qualificados e com detalhamento de onde passa a rede”, alerta o engenheiro.

No caso de brincadeiras que podem atingir os fios, como é o caso dos papagaios, os riscos continuam. Quando pipas tocam as redes, as pessoas geralmente tentam retirá-los com uso de cabos de vassouras, vergalhões, trilhos de cortina e outros materiais que podem ser condutores e gerar o choque elétrico. “A linha cortante usada por muitas pessoas que soltam pipas, conhecida como cerol, também danifica os fios da rede elétrica. Eles acabam se partindo e podem provocar acidentes. O cerol também conduz eletricidade e, por isso, provoca choque elétrico e também interrupção do fornecimento de energia. Além disso há o risco para motociclistas, que podem ser atingidos pela linha.”

Fique atento

Dicas de engenheiro da Cemig para evitar acidentes:

» Em obras, trabalhadores devem manter distância da rede elétrica e usar equipamentos de proteção
» Quando houver queda de galhos, deve-se ficar atento a fios partidos, manter distância e chamar a Cemig
» A poda de árvores nunca deve ser feito de forma amadora por morador, e sim pela Cemig e PBH
» Não fazer ligações clandestinas: o risco de acidentes é grande pela falta de habilidade e de equipamentos


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