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Estado de Minas

Carnaval 2017 terá mais PMs nas ruas de BH e rigor contra som alto

Policiamento em BH terá 500 militares a mais que no carnaval'2016 e 30% acima do efetivo de rotina na cidade. Corporação promete barrar carros de som e aumentar a vigilância à noite


postado em 23/02/2017 06:00 / atualizado em 23/02/2017 07:41

Cerco policial após confronto noturno na Praça ABC, no Bairro Funcionários, no ano passado: corporação pretende agir preventivamente para garantir segurança(foto: Túlio Santos/EM/DA Press - 8/2/16)
Cerco policial após confronto noturno na Praça ABC, no Bairro Funcionários, no ano passado: corporação pretende agir preventivamente para garantir segurança (foto: Túlio Santos/EM/DA Press - 8/2/16)
Belo Horizonte terá uma quantidade recorde de policiais à disposição para o patrulhamento e fiscalização nas ruas durante o carnaval. Sete mil militares estarão distribuídos pela cidade para atender às ocorrências, com uma nova preocupação: fechar o cerco a carros de som que causarem tumulto, especialmente na Savassi, na Região Centro-Sul da capital. O efetivo é 7,69% maior do que os 6,5 mil PMs que foram às ruas na folia do ano passado e 30,7% maior que o patrulhamento do dia a dia na capital (4,85 mil). Já o aumento estimado de público pela prefeitura é de 20% – foram 2 milhões de pessoas em 2016, contra uma previsão de 2,4 milhões este ano. Em todo o estado, nenhum policial militar estará de folga ou de férias no período carnavalesco, segundo a corporação, com o objetivo de reforçar ao máximo as equipes.


A PM garante que colheu informações importantes com a Prefeitura de BH para agir em blocos que prometem arrastar mais de 200 mil pessoas. Na Savassi, Centro-Sul da capital, policiais ficarão atentos aos carros com equipamentos de som, para evitar tumultos, especialmente na transição do dia para a noite, já prometendo multar aqueles que extrapolarem os limites, com base na última resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran).

O efetivo da PM em todo o estado conta com 43 mil militares, sendo 29 mil no interior e 14 mil na Região Metropolitana de Belo Horizonte. Apesar de ser maior que no carnaval do ano passado, o número de policiais destacados para atuar na capital é quase metade do contingente que esteve nas ruas da cidade em 2014, quando 14 mil agentes trabalharam na Copa do Mundo. Mas, segundo o coronel Winston Coelho Costa, comandante do Policiamento da Capital, o efetivo que pode ultrapassar 7 mil PMs é suficiente para dar conta das demandas, e só foi possível graças ao reforço de agentes da administração central, da administração dos batalhões da cidade e também dos cursos de formação da academia.

Serão 1,5 mil viaturas e dois helicópteros atuando com a meta de garantir o sossego dos foliões. Um dos desafios da corporação é assegurar o fim das festas de forma pacífica, na transição do dia para a noite, momento em que normalmente costumam acontecer os problemas, como a confusão do último domingo no Bairro Gutierrez, Região Oeste de BH. “A Polícia Militar está preparada para intervir em casos em que for necessário. Se virar baderna, a atuação é de choque. No Gutierrez, houve tentativa de negociação, mas os policiais receberam garrafadas. A limpeza urbana também não conseguiu fazer seu trabalho e recebemos mais de 100 ligações no 190 reclamando do transtorno”, afirma o coronel.

O militar disse que existe uma estratégia de uso progressivo da força caso ocorram confusões, e espera que os foliões respeitem os limites. “Porém, não posso garantir que vamos passar seis dias de carnaval sem ocorrências iguais às do Gutierrez”, completa o militar. Na Savassi, por exemplo, o tenente-coronel Eduardo Felisberto, comandante do 1º Batalhão, garante que a PM vai ter atenção especial aos carros de som, inclusive autuando os infratores com base na Resolução 624 do Contran. A norma, publicada em 21 de outubro do ano passado, permite à autoridade policial multar veículos cujo som extrapole a cabine  e possa ser ouvido do lado de fora, causando distúrbio para o entorno.

Antes, era necessário medir o ruído, que só seria considerado infração se ultrapassasse 80 decibéis a uma distância de sete metros do veículo em questão. “Se carros de som forem usados na nossa área, vamos fazer a devida orientação. Se não resolver o problema, faremos toda a fiscalização de trânsito e segurança necessária”, afirma o militar.

A multa para som alto está estipulada em R$ 195,23, além da perda de cinco pontos da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) pela infração, de categoria grave. Como a Savassi é uma região de aglomeração natural de pessoas durante a folia, o fato de não haver palco fixo pelo segundo ano seguido já é uma estratégia para minimizar os problemas, mais comuns à noite, ainda segundo o tenente-coronel.

SANTA TEREZA No tradicional bairro da Região Leste da cidade, um termo de ajustamento de conduta (TAC) assinado entre o Ministério Público e moradores permite festa de blocos de rua até as 19h, segundo o tenente-coronel Welerson Silva, comandante do 16º Batalhão da PM. “Os horários de início dos blocos são variados, mas a dispersão está marcada para as 18h e o encerramento, para as 19h. Creio que não teremos nenhum problema quanto a isso, mas, se tivermos, a PM estará preparada para atuar, sempre prezando pela negociação”, afirma o oficial. Segundo o militar, são 64 blocos com 89 desfiles previstos para a região do 16º BPM, a maioria no Santa Tereza e imediações.

Presidente da Associação dos Amigos do Santa Tereza, Luiz Góes aprovou a medida. “Os dias de pré-carnaval foram bem disciplinados, com os foliões acabando a festa na hora marcada. Qualquer ação de proteção é válida. Esperamos que na hora H seja igual”, diz. O presidente do Movimento das Associações de BH, Fernando Santana, também acredita que todos os esforços da estrutura do estado e dos organizadores para o cuidado com a segurança devem ser adotados. “Gostaríamos que os direitos de foliões e moradores não conflitassem, com horários respeitados e dispersão imediata depois da passagem dos blocos.”
Operação em Santa Tereza: comunidade aposta em 'horário de recolher' para garantir sossego(foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)
Operação em Santa Tereza: comunidade aposta em 'horário de recolher' para garantir sossego (foto: Juarez Rodrigues/EM/DA Press)

INTERIOR O coronel Mauro Lúcio Alves, diretor de Apoio Operacional da PM, informou que no interior do estado serão 29 mil policiais com atribuições entre o policiamento ordinário e o carnaval. A folia de médio e grande portes em Minas estará distribuída em 75 cidades. “Teremos também 97 etilômetros, 24 horas por dia, que estarão distribuídos nas rodovias estaduais. Além disso, teremos oito radares móveis e mais um que ficará em BH, em caso de necessidade de reforço”, afirma.

FORÇA-TAREFA DO CARNAVAL

7 mil

policiais militares nas ruas de BH

1,5 mil

viaturas no patrulhamento

2
helicópteros no apoio

Atenção especial aos carros de som:
veículo com som alto será multado


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