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Estado de Minas

Simpósio da Rede Mater Dei de Saúde debate diagnóstico e manejo precoce da sepse

Evento reuniu mais de 800 profissionais e especialistas em Belo Horizonte


postado em 18/09/2016 06:00 / atualizado em 18/09/2016 08:14

Simpósio da Rede Mater-Dei reuniu profissionais para difundir informações sobre o assunto(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press )
Simpósio da Rede Mater-Dei reuniu profissionais para difundir informações sobre o assunto (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press )
O nome não é muito familiar entre leigos, mas é bom ter medo. E respeito. A sepse é uma resposta de inflamação do organismo como um todo a um processo infeccioso, uma condição que provoca muitas mortes pelo mundo. Pesquisas revelam que são mais de 400 mil casos por ano, com cerca de 220 mil óbitos. Em decorrência do Dia Mundial da Sepse, em 13 de setembro, a Rede Mater Dei de Saúde reuniu, na manhã deste sábado, na unidade da Avenida do Contorno, em Belo Horizonte, mais de 800 profissionais e especialistas para discussões sobre o reconhecimento, diagnóstico e manejo precoce do quadro, que chega a ter até 60% de letalidade hospitalar.


“É fundamental o bom atendimento ao paciente assim que ele chegar ao hospital. A equipe precisa estar treinada. Além de dispor de uma estrutura adequada, desde a porta, o hospital deve manter um grupo multidisciplinar capacitado, a começar pela triagem, seguida do trabalho das enfermeiras, enfim, todas as etapas. A agilidade, o diagnóstico precoce e processos adequados são importantes para salvar vidas”, disse, na abertura do 1º Simpósio de Sepse da Rede Mater Dei de Saúde, o presidente da instituição, Henrique Salvador. “Médico trabalhando sozinho é passado. Hoje, ele precisa ter capacidade de interagir com todos a fim de garantir um bom resultado. A cada hora perdida, a mortalidade aumenta”, afirmou Salvador, ao lado da vice-presidente assistencial, operacional e diretora clínica da Rede Mater Dei, Márcia Salvador Géo. “O objetivo aqui é promover a conscientização da comunidade e dos nossos profissionais”, acrescentou ela.

ACESSO DIFÍCIL Na palestra “Manejo intensivo da sepse grave e choque séptico”, o coordenador da unidade de terapia intensiva do Mater Dei, Anselmo Dornas, alertou: “É preciso ter medo, sim, e quanto mais precoces o diagnóstico e o tratamento melhor, já que a doença mata mais do que muitos tipos de câncer e infarto agudo do miocárdio”. O dado mais preocupante, segundo Dornas, é que os óbitos por sepse no país superam os dos Estados Unidos e da Europa. E mais: no Brasil, essa mortalidade é maior em hospitais públicos do que nos privados, devido principalmente à demora no acesso ao leito de terapia intensiva.

Dornas explicou que os sintomas iniciais de uma infecção grave são febre alta, aceleração no coração, respiração rápida, falta de ar, fraqueza, queda da pressão arterial (pressão baixa), redução da quantidade de urina, sonolência e alteração da consciência. “Os médicos devem ser treinados para identificar sinais que levem ao rápido atendimento”, reiterou

PROTOCOLOS O reconhecimento rápido da doença e o tratamento adequado aumentam as chances de sobrevida. Segundo a direção do Mater Dei, os prontos-socorros das unidades Santo Agostinho e Contorno contam com protocolos específicos de identificação de sepse. “Com a iniciativa, as enfermeiras que estão diante de quadro de infecção estão treinadas para sinalizar sobre casos suspeitos. A partir daí, os pacientes são encaminhados para o cuidado prioritário do médico. Após a avaliação inicial, se confirmada a suspeita, passa-se à coleta de culturas do sangue, introdução de antibióticos e a hidratação com soro. Essas medidas têm seus tempos monitorados, continuamente, para corrigir eventuais atrasos. Assim, são capazes de salvar vidas”, esclarece a gerente médica da rede, Daniela Pagliari. O simpósio teve ainda a participação diretor do Hospital Israelita Albert Einstein, Guilherme Schettino, do presidente do Instituto Latino-americano de Sepse e intensivista do Hospital Sírio-Libanês, além de outros médicos.

Saiba mais
Quadro infeccioso


Sepse
É a resposta generalizada do organismo a uma doença infecciosa adquirida na comunidade ou dentro do hospital. Pode estar localizada no pulmão, no trato urinário ou no intestino.

Sintomas iniciais de infecção grave

Febre alta, aceleração no coração, respiração rápida, falta de ar, fraqueza, queda da pressão arterial, redução da quantidade de urina, sonolência, alteração da consciência.

Diagnóstico
Não há exame específico para diagnóstico, que é feito a partir de um conjunto de sinais, sintomas e alterações de exames laboratoriais. Os profissionais de saúde devem estar informados e treinados para reconhecer o quadro inicial, como o mau funcionamento de órgãos.


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