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Estado de Minas

Após morte de ator, bombeiros alertam para riscos de nadar em rios e lagoas

De janeiro a julho deste ano, a corporação registrou 281 mortes por afogamento em Minas Gerais, sendo 249 em rios e lagoas. De janeiro a julho deste ano, a corporação registrou 281 mortes por afogamento em Minas Gerais, sendo 249 em rios e lagoas


postado em 17/09/2016 06:00 / atualizado em 17/09/2016 13:25

Depois do afogamento do ator Domingos Montagner no Rio São Francisco, na quinta-feira, o Corpo de Bombeiros alerta para riscos que banhistas correm em águas profundas. De janeiro a julho deste ano, a corporação registrou 281 mortes por afogamento em Minas Gerais, sendo 249 em rios e lagoas. No mesmo período do ano passado foram 204. Os homens são as principais vítimas, pois, segundo os militares, se aventuram e se expõem mais a riscos. Na quinta-feira à tarde, um rapaz de 21 anos morreu afogado ao tentar atravessar a represa de Várzea das Flores, em Betim, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. O corpo foi achado pelos bombeiros na manhã de ontem. Em 2015, duas pessoas se afogaram na mesma lagoa. De janeiro a setembro, já morreram quatro no local.


Bombeiro especialista em salvamento aquático, o sargento Benedito Eduardo Lima dá dicas para evitar afogamento: “Não nade em lugar desconhecido e sem guarda vidas. Em 80% dos casos de afogamento não havia presença de um socorrista. Quando este for o caso, deve-se procurar sinalização no local. Evite nadar sozinho e nunca entre pulando na água, pois do lado de fora não tem como saber a profundidade. Faça o reconhecimento do rio ou lagoa e entre na água até a altura do umbigo. Evite ingerir bebidas alcoólicas antes de nadar.”

O ator Domingos Montagner morreu afogado após entrar em um redemoinho no Rio São Francisco, em Sergipe. Sobre os redemoinhos, o sargento explica que, muitas vezes, a água está aparentemente calma, o que dificulta essa percepção do lado de fora, se há a presença deles. Ao entrar em um redemoinho, a pessoa tem que procurar manter a calma e a cabeça fora da água. É preciso também tentar boiar na superfície e aguardar que a própria correnteza o jogue para fora do redemoinho. Ao sentir que saiu de perigo, é preciso nadar em direção à margem no sentido do fluxo do rio, transversal à correnteza, orienta o bombeiro.

Benedito Lima dá outras orientações essenciais: não coma antes de nadar. “Ao nadar depois de comer, o sangue se concentra no estômago e nas extremidades, braços e pernas, diminuindo a irrigação na cabeça”. Essa falta, popularmente conhecida como “congestão”, gera um desmaio, que levará a pessoa a afundar. “Quando o corpo para após o desmaio, o sangue volta a circular no cérebro, e a pessoa recobra a consciência tentando inspirar. Como está debaixo d’água, o pulmão se encherá de líquido. Se sobreviver, poderá ter pneumonia e sequelas neurológicas”, alerta.

SALVAMENTO
Ele também dá dicas importantes para o salvamento. “Jogue um objeto, de preferência flutuante, como uma boia ou caixa de isopor para a pessoa se segurar e ser puxada para margem. Se não tiver, serve uma vara, uma calça ou uma corda. Nunca faça contato corporal com a pessoa que está se afogando, pois ela pode se desesperar e agarrar em quem a está salvando, fazendo com que ambos afundem”, afirma. Enquanto isso, alguém deve ligar para o 193 e chamar o Corpo de Bombeiros. Se o socorro for falho, o bombeiro já está a caminho”, explica o sargento Benedito.

Se a pessoa, ao ser tirada da água, estiver inconsciente, será necessário reanimá-la. Para isso, segundo ele, são necessárias 30 massagens cardíacas, intercaladas com duas respirações boca a boca. Repete-se a sequência até reanimá-la e, se cansar, troque com alguém. Para a massagem, entrelace os dedos da mão e faça compressões rápidas e fortes no tórax, entre os mamilos. Enquanto isso é feito, alguém deverá ligar para os bombeiros, se estiver sozinho, ligue primeiro antes de fazer o socorro, alerta o bombeiro.


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