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Estado de Minas

Resultado de morte por suspeita de febre maculosa em BH vai sair na próxima semana

Amostras de sangue do paciente foram encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN) onde deverão percorrer o protocolo de doenças febris hemorrágicas


postado em 09/09/2016 18:03 / atualizado em 09/09/2016 18:16

(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
(foto: Leandro Couri/EM/D.A Press )
Os resultados dos exames que investigam as causas da morte de um garoto de 10 anos por febre hemorrágica, quadro que pode ser causado, entre outras enfermidades, pela febre maculosa, deve sair somente na próxima semana. A Secretaria Estadual de Saúde (SES) afirmou, nesta sexta-feira, que a previsão é que os testes sejam concluídos na segunda-feira. Dois resultados de exames preliminares descartaram a doença, segundo a Prefeitura de Belo Horizonte (PBH).

Segundo a SES, amostras de sangue do paciente foram encaminhadas para o Laboratório Central de Saúde Pública (LACEN), da Fundação Ezequiel Dias (Funed), “onde deverão percorrer o protocolo de doenças febris hemorrágicas. A previsão é que os testes laboratoriais sejam concluídos e os resultados liberados na segunda-feira”.

O menino T., de 10 anos, morreu no domingo, seis dias depois de apresentar sintomas que coincidem com os da febre maculosa. Ele havia participado de uma atividade recreativa no Parque Ecológico da Pampulha no dia 20 de agosto. Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o garoto apresentou manchas no corpo (petéquias), cefaleia (dor de cabeça intensa), icterícia (coloração amarelada da pele), febre, mialgia (dor intensa), dor abdominal. O período de incubação da febre maculosa é de 2 a 14 dias, o que coincide com a data de apresentação dos sintomas pelo menino.

Nessa quinta-feira, segundo a prefeitura, dois exames realizados pelo garoto foram analisados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e já deram negativo para a febre maculosa. Mesmo assim, o prefeito Marcio Lacerda (PSB) recomendou a população a não ter contato com a vegetação do parque. “Neste momento de seca acontece a proliferação do carrapato. Então, é importante que as pessoas evitem o contato com a vegetação”, disse Lacerda. O prefeito, porém, lembrou que há dois anos nenhum caso da doença é registrado na capital mineira e descartou a necessidade de fechar preventivamente o parque.

A preocupação com a febre maculosa veio à tona por causa das capivaras que vivem na Lagoa da Pampulha. Em 2014, exames feitos pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) apontaram que 28 capivaras estavam com a bactéria Rickettsia rickettsii. Na época, cerca de 90 animais viviam na orla, sendo que 46 foram capturados para exames. Apesar de a sorologia positiva não significar que os bichos estavam doentes, eles eram hospedeiros da bactéria, que é transmitida ao homem pelo carrapato-estrela. Em setembro do mesmo ano, dentro do plano de manejo autorizado pelo Ibama, foram capturadas 52 capivaras. Elas foram levadas para dois recintos separados no parque ecológico com condições adequadas de tratamento, segundo a PBH. Ainda assim, 38 delas morreram. Em janeiro de 2016, por determinação judicial, a Fundação Zoo-Botânica soltou 14 capivaras, que não apresentavam carrapato portador da bactéria de febre maculosa.


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