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Estado de Minas

Mulher detida por aplicar golpe em idosa de 86 anos em BH foi liberada

Segundo a delegada responsável pelo caso, a suspeita tem outras três passagens por estelionato em Brasília (DF). Vítima chegou a duvidar que era um golpe


postado em 11/08/2016 13:46 / atualizado em 11/08/2016 15:14

A Justiça liberou Sheila Maria de Castro Alves Cosmo, de 50 anos, presa em flagrante suspeita de aplicar o golpe do falso bilhete premiado em uma idosa de 86 anos na terça-feira no Centro de Belo Horizonte. Segundo a delegada responsável pelo caso, ela já tem passagens por estelionato em outro estado. Detalhes do caso foram apresentados pela Polícia Civil nesta quinta-feira.

A delegada Larissa Maia Campos, titular da Delegacia de Atendimento à Pessoa com Deficiência e ao Idoso de BH, a vítima foi abordada por um homem na Rua dos Goitacases. “Ele disse ter ganhado na loteria um valor de R$ 4 milhões, apresentou o bilhete para ela e, alegando não saber ler e escrever, disse que precisava de ajuda para sacar”, detalha. “A Sheila fingiu não conhecê-lo, entrou na conversa, e o autor ofereceu R$ 100 mil para que elas pudessem ajudá-lo. Sheila incentivou a vítima a aceitar. Ele pediu uma garantia em dinheiro, a autora foi até o carro, buscou um pacote de notas que aparentava ser de dólares”, diz.

Ainda de acordo com a delegada, a idosa foi questionada sobre quanto teria no banco e ela respondeu que possuía R$ 10 mil. O homem pediu que ela sacasse o dinheiro e entregasse a ele como garantia de que não ficariam com os R$ 4 milhões do prêmio.

Mesmo orientada por diversas pessoas, a idosa não acreditou que estava sendo vítima de um golpe. “Ela foi até o banco, eles (funcionários) desconfiaram ser um golpe e tentaram a todo momento convencer que não era verdade. A funcionária do banco chamou uma testemunha, que foi até a vítima, tentou convencê-la de que era um golpe e se comprometeu a ir até a delegacia”. De acordo com Larissa Maia, esta pessoa foi até a Delegacia de Atendimento à Pessoa com Deficiência e ao Idoso de BH e denunciou o caso, enquanto a funcionária seguia orientando a idosa. No entanto, ele sacou o dinheiro e levou até os estelionatários.

“Policiais foram até o banco, mas a vítima já havia saído com o dinheiro. Eles conseguiram presenciar ela conversando com a autora, ela ia fazer a entrega do dinheiro e eles intervieram, mas o autor não estava no local”, informou a delegada. Após ser detida, Sheila prestou depoimento à delegada e caiu em contradição várias vezes. “Disse que não sabia (que era um golpe), mas que ele era namorado dela, que ele pediu para ela mostrar os dólares para a senhora”. Ainda de acordo com a delegada, a mulher é suspeita de outros golpes. “Ela é de Brasília. Entramos em contato com a Polícia Civil de lá e ferificamos que ela tem três anotações na folha de antecedentes criminais por estelionato”.

A delegada também relatou que até o último momento a vítima duvidou que o caso era um golpe. “A idosa não acreditava. No momento que os policiais fizeram a abordagem ela continou não acreditando e em conversa com ela, explicando, ela foi acreditar que se tratava de um golpe”. A idosa chegou a questionar a suspeita o motivo de ela ter cometido o crime.

Larissa Maia ressalta que a pena para estelionato varia de 1 a 5 anos de prisão, mas é dobrada quando o crime é cometido contra idosos, por conta da vunerabilidade. A assessoria de imprensa da Polícia Civil informou que Sheila Maria foi solta na manhã desta quinta-feira. Segundo a delegada, o processo continua correndo mesmo com a suspeita em liberdade.

A delegada também faz um alerta para que a população não seja vítima desse tipo de golpe. “Principalmente para as pessoas idosas: quando depararem com situação dessa, quando prometem quantia em dinheiro vultuosa, é preciso desconfiar e falar com a família antes de fazer um saque e entregar dinheiro, pra ver se existe isso ou não. Ela tem sempre que se preocupar, entrar em contato com a família para orientarem”, disse.

Segundo a assessoria de imprensa do Fórum Lafayette, Sheila foi presa em flagrante e apresentada à Justiça em audiência de custódia. Porém, a Justiça não identificou os requisitos necessários para transformar a prisão em preventiva ou flagrante. Por isso, concedeu a liberdade. Mesmo assim, a mulher deverá comparecer a Justiça quando solicitada.


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