
Ontem, a tarde dos pequenos da Escola Galileo Galilei, no Bairro Funcionários, Região Centro-Sul de BH, foi agitada, com direito a desfile e tocha olímpica. Era dia de educação física, uma das aulas preferidas da meninada, e os professores aproveitaram para mostrar, na prática, o espírito dos Jogos. Os anéis símbolos da competição foram feitos com bambolê. Do maternal 1 ao 2º período, os alunos se uniram para dar a volta na escola. “Com crianças dessa faixa etária, temos que trabalhar o concreto, por isso a escolha dos arcos, para tratar também das cores. Até o fim da Olimpíada eles vão acompanhar os países que estão ganhando medalhas, para darmos a ideia de quantidade”, relata uma das diretoras, Denise Gaia.
Nas salas de aula o trabalho também é intenso. No maternal 2, os alunos da professora Jéssica Francine Mesquita puseram a mão na massa ontem para confeccionar medalhas. O trabalho envolveu cores, matemática e coordenação motora fina para pintar círculos e macarrões que foram colocados em barbantes para fazer as vezes do prêmio de ouro. Hoje, eles farão arremesso de peso com bolas. Mas não importa força nem distância: todos ganharão a premiação olímpica. “Olimpíada também é cultura e podemos misturá-la com arte e uma série de outros elementos”, diz Jéssica.

ÍDOLOS Na Rede Coleguium, foi divulgado o horário dos Jogos, para que os alunos fiquem atentos à programação e levem para sala questões sobre as modalidades. Para a supervisora de educação física, Cíntia Rodrigues, esporte e educação devem andar juntos. “O esporte é uma ferramenta importante de desenvolvimento de competências técnicas e sociais, como respeitar regras, ter disciplina, trabalhar em equipe, desenvolver capacidades físicas e controle emocional, entre outros”, ressalta.
Também teve desfile no Colégio Santo Antônio, na Savassi. Alunos do 1º ao 5º anos do ensino fundamental participaram no sábado de uma feira, apresentando as modalidades olímpicas. “É importante o tema e, apesar da crise, mostrar a eles o que isso representa para o país”, afirma a coordenadora Maria de Lourdes Lopes Cançado. Aluna do 4º ano, Bianca Camarão Oliveira, de 10, está curtindo muito. Na escola, ela pesquisou sobre remo. “Estudei e aprendi. Foi uma experiência incrível”, define a menina, que admira o jogador de vôlei Serginho e o maratonista Vanderlei Cordeiro de Lima, que foi atacado em 2004, em Atenas, quando liderava a prova e, por isso, perdeu o ouro. Este ano, ele acendeu a pira olímpica na abertura dos Jogos no Rio. “Apesar de ter sido prejudicado, ele não ficou revoltado e, por isso, ganhou aquela premiação. Foi merecidíssima.”
