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Estado de Minas

Incêndios atingem pontos da Serra do Curral em Belo Horizonte nesta segunda-feira

Corpo de Bombeiros combate queimadas no Bairro Sion e no Belvedere, ambos na Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Umidade relativa do ar, que deve ficar abaixo dos 30%, agrava situação


postado em 08/08/2016 14:39 / atualizado em 08/08/2016 22:29

Belo Horizonte e cidades do interior de Minas Gerais já sentem os efeitos do tempo seco. O Corpo de Bombeiros combatem na tarde desta segunda-feira pelo menos dois grandes focos de incêndio na Serra do Curral. As causas das queimadas ainda são investigadas pelos militares. Os ventos fortes e a falta de chuva na capital mineira – a última foi registrada há dois meses – ajudam na proliferação dos focos.

O incêndio na Serra do Curral começou na manhã desta segunda-feira, próximo ao Bairro Mangabeiras, na Região Centro-Sul de BH. Segundo o Corpo de Bombeiros, as chamas se espalharam por outros pontos do maciço. Duas viaturas foram enviadas para combater os focos no Bairro Belvedre, próximo à Rua Professor Cristóvão dos Santos, e outras duas para a Avenida Bandeirantes, no Bairro Sion.

A situação também é crítica no interior de Minas Gerais. Brigadistas combateram um incêndio que atingiu boa parte da vegetação do Parque Estadual Serra de Ouro Branco na noite desse domingo. As chamas se espalharam pela mata e formaram diversas linhas de fogo, que foram debeladas na manhã de segunda. A área queimada e as causas do incêndio não foram esclarecidas pelo Instituto Estadual de Florestas (IEF).

Outra ocorrência é atendida no Monumento Natural de Itatiaia, entre Ouro Preto e Ouro Branco. Uma aeronave da Força-Tarefa Previncêndio está atuando no combate. Os brigadistas são levado em caminhonetes para locais próximos ao incêndio, mas, como as chamas estão concentradas em áreas de difícil acesso, seguem de helicóptero até os pontos de combate. Aproximadamente 34 brigadistas estão em ação na área de preservação.

O aumento de ocorrências de incêndios preocupa as autoridades. Minas Gerais fechou julho com 87 queimadas em florestas, número 26% maior que a média de 69 para o período. Já os focos de calor – pontos identificados por satélite que não são necessariamente incêndios fora de controle – foram contabilizados em 1.003, quantidade 44,5% superior à média do mesmo período.

Abril marca o início do período de estiagem, que normalmente se estende até o fim de outubro. Entre abril e julho de 2015, foram 111 incêndios florestais, enquanto neste ano o número subiu para 154, segundo dados da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável de Minas Gerais (Semad). Do total, 109 ocorrências foram registradas em unidades de conservação e 55 no entorno delas. Historicamente, os meses de setembro e outubro são campeões em número de queimadas.

Tempo seco

Um dos motivos para o aumento de ocorrências é a baixa umidade relativa do ar. E se depender da previsão do tempo a situação ainda vai se manter crítica. Não há previsão de chuva para Belo Horizonte nos próximos dias. De acordo com o instituto PUC Minas TempoClima, as temperaturas devem se manter elevadas pelo menos até quarta-feira.

Massa de ar seco que atua sobre Minas Gerais dificulta a formação de nuvens, afastando a possibilidade de chuva e aumentando as temperaturas. A Coordenadoria Municipal de Defesa Civil (Comdec) emitiu um alerta de baixa umidade relativa do ar até o fim da tarde de quarta-feira. Os índices devem ficar abaixo dos 30%, o que é considerado estado de alerta pela Organização Mundial de Saúde (OMS).

 

(RG)


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