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Estado de Minas

Família vem a Minas atrás de pistas de argentino desaparecido há 1 ano

Emiliano Ise pretendia viajar como mochileiro, pela primeira vez, à Amazônia. No entanto, não fala com parentes desde 3 de julho de 2015. Irmã do rapaz recebeu mensagem pelo Facebook dizendo que ele havia sido visto em Nova Lima


postado em 12/07/2016 12:44 / atualizado em 12/07/2016 21:31

A família do rapaz divulgou fotos que podem ajudar a identificá-lo(foto: Arquivo pessoal)
A família do rapaz divulgou fotos que podem ajudar a identificá-lo (foto: Arquivo pessoal)
A família de um argentino de 30 anos procura pistas do rapaz, que está desaparecido há um ano. A mãe e um dos irmãos de Emiliano Ise estão em Belo Horizonte, na esperança de que uma mensagem via Facebook possa indicar seu paradeiro. A família veio a Minas porque recebeu a informação de que o rapaz teria sido visto em Nova Lima, em fevereiro. Ele sonhava em conhecer a floresta Amazônica e, durante um ano, se dedicou aos preparativos para a viagem. Planejava vir ao Brasil como mochileiro, com pouco dinheiro e muita vontade de conhecer a região. Partiu em 2 de julho do ano passado, mas não deu mais notícias.

Emiliano morava sozinho em um pequeno povoado perto de Resistencia, onde vive o restante da família. Era a primeira vez que ele viajava dessa forma. Ele tem três irmãos. Um deles, Ramiro Ise, e a mãe, Liliana Scarpino, contam que ele ligou para a família em 2 de julho de 2015. “Ele nos disse que estava pensando em ir até o Uruguai encontrar amigos que viajavam como mochileiros e de lá ir para o Amazonas. Falamos com os amigos e ele nunca chegou. Assim, pensamos que ele tomou a decisão de viajar sozinho”, explica Ramiro. “Os amigos todos voltaram. Eles haviam saído da Argentina para o Uruguai de bicicleta. E ele disse que se encontraria com eles para ir para o Amazonas. Porém, todos os amigos voltaram e não o viram”, detalha a mãe de Emiliano.

Segundo os familiares, ele havia mencionado que pretendia voltar ao país em dezembro. O último contato do rapaz foi no dia seguinte ao anúncio da partida, 3 de julho. Ele disse à mãe que trocaria o chip do celular, porque estava entrando em outro país.

Ramiro explica que o irmão tem um perfil introvertido, que não é de se comunicar muito. Assim, a princípio, a falta de contato não chamou muito a atenção. “Mas, com o passar do tempo, isso foi nos preocupando, porque esperávamos que ele não se comunicasse por algum tempo, mas ele nos disse que pensava em voltar em dezembro de 2015. Passaram-se festas importantes, festas de fim de ano, aniversários, e ele não se comunicava. Então, isso foi nos preocupando”, diz Ramiro. Emiliano não usava cartões bancários, segundo os parentes, o que dificulta o rastreamento por alguma movimentação.

Diante da situação, eles entraram em contato com a Dirección de Argentinos en el Exterior e informaram sobre o desaparecimento. “A primeira busca foi no final de 2015, que fizeram em todos os consulados, para ver se estava em um hospital, ou em um estabelecimento penitenciário. Nenhum consulado argentino encontrou nada dele no âmbito do estado, seja Florianópolis, Curitiba, o que for”, explica o cônsul adjunto da Argentina em Belo Horizonte, Mariano Andrés Guida, que dá suporte à família. Também foram produzidos cartazes com a foto do desaparecido.

Em fevereiro, surgiu o que eles esperam que seja a primeira pista do paradeiro de Emiliano, que teria sido visto em Nova Lima, na Região Metropolitana de Belo Horizonte. “Uma pessoa avisou à minha irmã, Romina, pelo Facebook, que o havia visto em uma praça em fevereiro”, diz Ramiro. Quem enviou a mensagem teria dito que ele estava em situação de rua. “Aí,  nós entramos em contato com o Consulado, que fez uma solicitação à Polícia Civil e agora viemos também para apresentar uma denúncia à Polícia Civil.” A família está esperançosa de que possa encontrar Emiliano a partir desta mensagem. Nesta tarde, eles vão procurar a Delegacia Especializada em Localização de Pessoas Desaparecidas na capital. Quem tiver alguma informação sobre Emiliano Ise deve entrar em contato com a Polícia Civil, pelo telefone 0800-2828-197, ou com o Consulado Geral da República Argentina em Belo Horizonte, no número (31) 3047-5490.

(RG)


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