O impasse entre metroviários e a Companhia Brasileira de Trens Urbanos (CBTU) continua. A audiência de conciliação realizada nesta quarta-feira no Tribunal Superior do Trabalho (TST) para discutir o dissídio coletivo dos metroviários terminou sem acordo. A empresa fez uma proposta de 8,28% de reajuste salarial, porém, os trabalhadores não aceitaram. Uma nova reunião será marcada para a próxima semana. Os metroviários farão assembleia nesta quinta-feira para definir os próximos passos do movimento.
A audiência foi conduzida pelo ministro Emmanoel Pereira. Porém, o valor proposto pela CBTU não agradou aos trabalhadores. “Tínhamos um acordo de cavalheiros entre o sindicato e a empresa para que ela levasse uma proposta de 9,28% de aumento. Porém, isso não foi feito”, explica o diretor do sindicato dos metroviários (Sindimetro), Reginaldo Lúcio. “Na próxima semana, provavelmente, acontecerá uma nova reunião, onde esperamos que a CBTU chegue no valor”, comentou.
O em.com.br entrou em contato com a CBTU, mas a empresa não se manifestou até o cadastramento da reportagem. Segundo Reginaldo Lúcio, a paralisação não está descartada nos próximos dias. “Nesta quinta-feira, vamos nos reunir a partir das 17h30 na Praça da Estação. Vamos colocar os valores para os trabalhadores. Não podemos afirmar que terá greve, mas a possibilidade existe”, disse.
No início da semana, os metroviários estavam dispostos a parar por causa da falta de manutenção dos trens na capital mineira. Na última sexta-feira, segundo o sindicato, a operação contou 17 trens em horário de pico, sendo que o ideal seriam 21. Porém, na segunda-feira uma empresa terceirizada contratada pela CBTU iniciou os serviços. Por isso, o movimento grevista foi suspenso.