
Os ativistas tiveram dificuldade em retirar os animais do terreno, onde havia muito lixo, folhagem e objetos velhos acumulados, tanto no barracão, quanto no quintal. “O imóvel não tem água encanada, energia elétrica, móveis, banheiro, nada. Só paredes, um teto quase caindo e muito, muito lixo. Um amontoado de lixo, com cheiro insuportável, um lugar muito inapropriado para a permanência dos animais”, disse Viviane.
Segundo a diarista Daniele do Carmo, de 32 anos, moradora da Rua Panema, os animais eram muito queridos pelo idoso, que morava sozinho. “Eram como se fossem a família dele. Ele cuidava mais dos cachorros e gatos do que de si próprio. Estava doente. Tinha depressão e a doença piorou progressivamente”, relata a mulher, lembrando que o idoso estava bastante debilitado nos últimos anos. Foram os vizinhos que sentiram a falta do idoso e chamaram a polícia, que constatou o óbito. A causa da morte ainda não foi divulgada. Segundo Daniele, o homem nunca havia se queixado de doenças.
Para chegar aos bichos, os integrantes da ONG BastAdotar foram convocados por outra entidade, acionada pelo Corpo de Bombeiros, mas já sem condição de ampliar o acolhimento. Mas, mesmo tendo prestado o primeiro atendimento, a ONG busca apoio para dar destino aos 20 cães e aproximadamente 30 gatos. A entidade vai organizar uma feira de adoção específica para os 50 animais, mas, até que o evento ocorra, eles precisam ser recebidos em lares temporários, alimentados, além de necessitarem de cuidados como vacinação e castração. Quem puder ajudar pode buscar informações na página da ONG BastAdotar, no Facebook (https://www.facebook.com/bast.adotar).
