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Estado de Minas BLOCO DO EU SOZINHO

Se a catuaba foi a vedete do carnaval 2015, a festa deste ano consagrou o chup-chup

Chupa que é de uva - e vodca, catuaba, energético


postado em 09/02/2016 10:54 / atualizado em 10/02/2016 15:13

O que vale são os nomes criativos adotados para o chup-chup e o aditivo alcoólico(foto: Renan Damasceno/EM/D.A Press)
O que vale são os nomes criativos adotados para o chup-chup e o aditivo alcoólico (foto: Renan Damasceno/EM/D.A Press)

Se a catuaba foi a vedete do carnaval’2015, a festa deste ano consagrou um velho conhecido nosso desde criança: o chup-chup – ou sacolé, geladinho, gelinho e até flau, dependendo do gosto e da região onde nasceu o freguês. Com a inflação da bebida supostamente afrodisíaca, calor superior a 30 graus durante a tarde e possibilidade de levantar uns trocados, os chup-chups garantiram seu espaço e estão fazendo a cabeça dos foliões durante a festa.

Claro que os sabores de fruta são o que menos interessa. O que vale são os nomes criativos e, principalmente, o aditivo alcoólico. Os de caipirinhas são os preferidos do público. “O nosso é de cachaça artesanal, feita pelo nosso pai em Ouro Branco”, garantem os irmãos Pedro e Bernardo Raidan, que em menos de três horas já haviam vendido 300 dos 800 geladinhos feitos especialmente para o desfile do Baianas Ozadas. O preço médio é um por R$ 3, dois por R$ 5.

Eliana Borges Viotti resolveu diversificar: misturou frutas com vodca, energético e até um poderoso mix de catuaba e açaí, que prometia levantar os foliões – ao pé da letra. As irmãs Amaralina e Carolina Fernandes ofereciam ao freguês o inovador Pérola Negra (guaraná, mate e cachaça) e o refrescante Pink Lady (limão, groselha e hortelã). Um ambulante, em seu quinto carnaval, me explicou que as garrafas de catuaba têm caído em desuso por dois motivos: o gelo encareceu muito e a garrafa subiu para cerca de R$ 12, o que os obriga a vender a pelo menos R$ 20 para obter lucro razoável. Mas, mesmo debaixo de sol forte, os foliões ainda têm buscado por vodca, caipirinha e uísque.

Ontem, o Baianas Ozadas mostrou que continuará sendo o dono da segunda-feira de carnaval. Nascido em 2012 com a clara intenção de ser grande, o bloco fez sua melhor apresentação em cinco anos: bateria bem ensaiada – com cerca de 800 integrantes, sendo que 600 credenciados –, equipamento de som potente – fruto de uma festa que levantou R$ 55 mil de R$ 35 mil necessário –, e pontualidade incrível: quatro horas (3h59min42s, mais precisamente) para completar o percurso, com direito a axé e lavagem da escadaria da Sulacap.

O circuito Praça da Liberdade-Estação, por uma tarde, foi o nosso Barra-Ondina.


SOBE
Pontualidade do Baianas

Se nos últimos anos, o Baianas Ozadas sofreu com atraso de até duas horas para sair e cumprir o percurso, o bloco, ontem, foi pontual. A retirada de carros estacionados nos dois quilômetros de desfile e batedores da Belotur à frente foram essenciais para que a largada fosse dada às 11h, chegando às 15h, na Praça da Estação. Nem as arquibancadas montadas na Afonso Pena atrapalharam o desfile.



DESCE
Arquibancadas no caminho

Claro, não é um problema fácil de resolver, ainda mais com tantos “carnavais” simultâneos. Mas as arquibacandas da Afonso Pena, armadas para o desfile das escolas à noite, travou a passagem do público durante a tarde, no Baianas Ozadas. A multidão teve de se espremer na calçada e, os mais bem-humorados, chegaram a apelidar o cruzamento da Bahia com Afonso Pena de “esquina da agonia”.


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