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Estado de Minas

Aos 118 anos, capital mineira tenta preservar o título de cidade-jardim

Mantidos pela prefeitura ou iniciativa privada, espaços verdes quebram a monotonia dos prédios e do asfalto


postado em 12/12/2015 06:00 / atualizado em 12/12/2015 08:45

A Praça Floriano Peixoto, em Santa Efigênia, é uma das elogiadas da capital, pela beleza de sua vegetação(foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)
A Praça Floriano Peixoto, em Santa Efigênia, é uma das elogiadas da capital, pela beleza de sua vegetação (foto: Beto Novaes/EM/D.A Press)

Belo Horizonte chega aos 118 anos com a tarefa de manter o título de cidade-jardim. Se não tem a mesma área verde de quando foi projetada por Aarão Reis, a capital mineira ainda preserva jardins que são refúgios para os belo-horizontinos e para quem vem de outros lugares. Entre tantas praças, a Floriano Peixoto e a Carlos Chagas, conhecida como Praça da Assembleia, se destacam pelo paisagismo. Mas há flores por todos os lados. Em muitos canteiros, elas deixam as ruas mais bonitas. É o caso dos canteiros centrais da Avenida Francisco Salles. “A cidade ainda mantém o título”, defende o engenheiro e fotógrafo Júlio Toledo, que, há 10 anos, registra em fotos as belezas da flora no projeto BH Cidade Jardim.

Cada quarteirão ao longo da avenida Francisco Sales foi adotada por moradores e instituições do bairro Floresta, na Região Leste. “Temos que ter as plantas para melhorar a vida. O verde que vai puxar o gás carbônico emitido pelos carros. Nós necessitamos dele”, afirma José Carlos de Abreu, de 52 anos, funcionário do Colégio Nossa Senhora das Dores, instituição que adotou o espaço. Dedica duas horas de seu dia para capinar, plantar mudas e aguar a vegetação. Ao ver a floração na primavera, ele se sente realizado e diz que seu esforço foi reconhecido, já que os canteiros foram vencedores do Concurso Cidade Jardim 2015.

Outro espaço que ostenta o título do concurso por anos seguidos, desde 2011, é a Praça Floriano Peixoto. Por sua beleza e importância histórica, é tombada pelo patrimônio municipal e estadual. Multicoloridos os jardins contam com agapantos, lírios, azaleias e flamboyant. Entre as árvores, palmeiras imperiais, castanheiras, sapucaias e pinheiros. A praça foi adotada há oito anos pelo Instituto Unimed.

Ao longo dos anos, foram introduzidas espécies com mais resistência e durabilidade para uma praça que recebe gente de todas as idades e eventos culturais. Os canteiros são protegidos por cercas de viburnos, arbustos mais resistentes. “Antes as cercas eram de azaleias, que são bem mais delicadas”, lembra. O paisagismo é pensado para que as pessoas possam usar a praça para piqueniques e brincadeiras, conforme atesta Cíntia.

Com área de mais de 5 mil metros quadrados, a praça é o lugar preferido da estudante Ingrid Luiza Ferreira Brito, de 15. Como estuda de manhã, ela costuma desfrutar da praça durante a tarde. “É bem gostoso ficar embaixo das árvores. Aqui é muito florido, um lugar ótimo para pensar.”

Recém-inaugurada, a Praça da Assembleia atrai pessoas de todas as idades. As crianças brincam no parque, os adolescentes aproveitam o espaço aberto para as manobras de skate, casais vão para lá namorar, e todos são unânimes quanto a beleza do lugar. Entre uma manobra e outra, ele admira as flores que deixam a praça mais vistosa. “Os jardins são muito bonitos. Dá para ver que as pessoas cuidam bem deles. O verde e as flores deixam tudo mais alegre e o ar fica melhor, mais puro.”

Quem quiser participar do programe Adote o Verde basta entrar em contato com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente pelo telefone 3277-5032 ou pelo e-mail adoteoverde@pbh.gov.br. A adesão ao programa também pode ser feita na administração regional da área pretendida e na Fundação de Parques Municipais (FPM). Podem ser adotados praças e canteiros.


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