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Estado de Minas

Vale não se considera responsável pelo desastre em Mariana

Empresa divulgou nota alegando que a transferência de rejeitos para a Barragem do Fundão foi gerenciada pela Samarco. MPMG entrou com ação civil pública cobrando a empresa brasileira e a BHP Billinton, proprietárias da mineradora


postado em 10/12/2015 21:20 / atualizado em 10/12/2015 23:19

A Vale que, juntamente com a anglo-australiana BHP Billinton, é proprietária da mineradora Samarco, afirmou em nota divulgada na noite desta quinta-feira que “não se considera responsável pelo acidente”, sustentando que a transferência de rejeitos para a Barragem do Fundão foi gerenciada pela Samarco. A gigante da mineração também classificou como “precipitadas” as manifestações do Ministério Público em momento em que as causas do desastre ainda precisam ser esclarecidas.

No comunicado, a Vale disse que “nunca deixou de contribuir, ser transparente e prestar auxílio para minimizar as consequências do evento, tanto que apoiou desde o início a conta e garantia de R$1 bilhão, formalizada pelo termo de compromisso celebrado com MPF e MPMG, com o objetivo de remediar efeitos socioambientais (do desastre)”. A nota critica ainda o bloqueio judicial de mais R$ 300 milhões da Samarco, alegando que ele impede a mineradora de cumprir suas obrigações. E acrescenta que “exaurir todos os recursos da Samarco” só vai comprometer empregos, arrecadação de impostos e geração de divisas.

Na tarde desta quinta-feira, o Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) entregou uma ação civil pública à Justiça de Mariana, na Região Central de Minas Gerais, cobrando ações de assistência da Samarco, responsável pela barragem de Fundão, da Vale e da BHP Billinton. O recurso cobra verba mensal, moradia adequada até 24 de dezembro e assistência para resgate de bens aos atingidos pela tragédia de 5 de novembro deste ano. Ao todo, o promotor Guilherme de Sá Meneghim vai ajuizar pelo menos 11 cláusulas a favor dos moradores das comunidades destruídas pela lama de rejeitos.

A inclusão da Vale e a BHP Billinton na ação, que atinge também a Samarco, é por causa da atuação das empresas na cidade. “As três empresas estão presentes porque a Vale e a Samarco jogavam os rejeitos na represa. Por isso, são diretamente responsáveis (pela tragédia). A BHP foi incluída por ter aferido lucros exorbitantes por causa destas atividades minerária da Samarco, devido a isso, deve responder pelos estragos causados”, explicou o promotor.


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