
“Estou em viagem no Sul do país e meus funcionários e amigos me ligaram dizendo que levaram várias roupas em exposição. Não tenho ideia do prejuízo, mas já decidi fechar a loja. Desisti da Savassi”, disse Fraga. Segundo ele, é quarta invasão ao estabelecimento, que há sete anos funciona na Rua Fernandes Tourinho.
Em 2 de outubro, mesmo com sistema de câmeras de videomonitoramento e alarmes, a loja foi arrombada e o estilista fez um protesto. Ele fechou a vitrine quebrada com um tapume e reproduziu o diálogo que teve com um policial militar que esteve no local registrando o boletim de ocorrência: “Como as roupas são bem estranhas, não vai ser difícil de reencontrá-las”, disse o policial.
“Amiguinho, e quem disse que quero só roupas? Quero saúde, educação, segurança e cultura! E ver os bandidos públicos do municipal, estadual e federal catando pulgas em ratos na cadeia”, retrucou a mensagem nos tapumes em frente a loja.

De acordo com a Polícia Militar, às 9h dest sexta-feira uma funcionária da loja ligou para o telefone 190. Os militares que estiveram lá constataram que a vitrine foi arrombada e segundo relato da funcionária, criminosos reviraram o local e levaram várias peças. Ela não soube dizer se o sistema de câmeras de segurança estava funcionando.
Na terça-feira, um comerciante vizinho do estilista, também foi alvo da criminalidade. Sua loja, de calçados e roupas, foi invadida por seis homens e uma mulher, que armados renderam seus funcionários. O prejuízo foi de cerca de R$ 40 mil. Duas ocorrências de furto foram registradas no mesmo dia na Fernandes Tourinho, numa outra loja e num canteiro de obras.
Na ocasião, o comandante da 4º Companhia do 1º Batalhão da PM, major Renato Salgado Cintra Gil, divulgou nota destacando pesquisa estatística de janeiro a novembro de 2014/2015, em que se constatou redução de 8,33% no que se refere a roubo a pessoas nas vias. E a estabelecimento comercial, segundo ele, no ano passado foi uma ocorrência e este ano até então eram três casos.
