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Estado de Minas

Acionista da Samarco, Vale perdeu 8% do valor de mercado em uma semana


postado em 11/11/2015 18:52 / atualizado em 12/11/2015 18:11

A Vale S/A, dona de metade do capital da Samarco, perdeu 8% do valor de suas ações passada uma semana do desastre provocado pelo rompimento das barragens do Fundão e Santarém em Mariana. Os investidores na bolsa brasileira reagiram à tragédia logo na quinta-feira passada, quando os diques se romperam, impondo à Vale uma perda do seu valor de mercado estimada em R$ 5,820 bilhões até o meio da tarde desta quarta-feira, segundo levantamento feito pelo analista de investimentos da WhatsCall Consultoria, Pedro Galdi.

O cálculo teve como base as ações preferenciais (sem direito a voto) PNA da Vale, que desceram de R$ 13,85 no dia do acidente para R$ 12,74 na tarde desta quarta-feira, antes do fechamento do pregão na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O valor de mercado da multinacional brasileira do setor de mineração está precificado hoje em R$ 66,808 bilhões, ante R$ 72,629 bilhões no dia 5 deste mês.

Empresa de capital fechado e que atua exclusivamente na exportação, a Samarco tem como acionistas a Vale e a BHP Billiton, esta última a maior mineradora do mundo, que detêm 50% das ações da empresa, cada uma. A Vale adquiriu a sua parcela do capital da Samarco em maio de 2000, num negócio que permitiu a ela aumentar de forma significativa sua presença no mercado internacional. Naquela época, a antiga Companhia Vale do Rio Doce adquiriu a S.A Mineração da Trindade (Samitri), que, por sua vez, controlava a Samarco, produtora de pelotas de ferro para exportação, do grupo siderúrgico Belgo-Mineira, sucedido posteriormente pela ArcelorMittal, maior conglomerado siderúrgico do mundo.

Em seguida ao fechamento do negócio à vista por R$ 970,8 milhões da época (US$ 525 milhões) a Vale vendeu 1% da Samarco à BHP Brasil, que já detinha 49% da mineradora. Empresa de capital fechado, a Samarco foi fundada em 1977 e atua exclusivamente na exportação de pelotas de ferro, produzidas a partir de um processo de tratamento do minério de Mariana, de baixos teores de ferro, em produto nobre para uso nas usinas siderúrgicas de 19 países das Américas, Oriente Médio, Ásia e Europa.

Em 2014, a Samarco declarou em seu balanço de demonstrações financeiras ter exportado 25,129 milhões de toneladas de ferro, com faturamento bruto de R$ 7,601 bilhões e lucro líquido de R$ 2,805 bilhões. A empresa explora o minério em Mariana e processa o material em usinas de pelotização instaladas no município de Anchieta, no litoral do Espírito Santo, onde mantém porto próprio. Empregava, no ano passado, 3 mil empregados diretos e 3,5 mil nas empresas contratadas prestadoras de serviços.


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