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Estado de Minas

UPA Pampulha suspende atendimentos ao receber paciente com quadro infeccioso

O paciente chegou na UPA Pampulha com dores na cabeça e com quadro febril. Uma das doenças investigada é o Ebola. Unidade não está recebendo atendimentos


postado em 11/11/2015 09:59 / atualizado em 11/11/2015 12:25

Panfleto colado na UPA Pampulha alerta os pacientes sobre interdição(foto: Jair Amaral/ EM/ D. A Press)
Panfleto colado na UPA Pampulha alerta os pacientes sobre interdição (foto: Jair Amaral/ EM/ D. A Press)

A Unidade de Pronto Atendimento (UPA) Pampulha está sem receber atendimento por causa de um paciente que chegou no local com um quadro infeccioso. Uma das doenças investigadas é o ebola. A pessoa, que não teve o nome divulgado, foi isolada e todas as medidas sanitárias estão sendo tomadas, segundo a Secretaria Municipal de Saúde (SMSA).

O paciente chegou na UPA se queixando de dores na cabeça e com quadro febril. Ele foi isolado para evitar o contágio de outras pessoas. Ainda não foi informado se o paciente fez alguma viagem recente para o exterior. A Secretaria de Saúde afirmou que vai se pronunciar sobre o caso ainda nesta quarta-feira.

Outros casos suspeitos da doença já foram registrados em Minas Gerais, mas nenhum confirmado. A Unidade de Pronto-Atendimento (UPA) Norte em Juiz de Fora, na Zona da Mata, ficou fechada por cinco horas em abril deste ano. A situação causou pânico entre os moradores depois que o paciente, que seria da cidade e havia chegado recentemente de uma viagem para Angola, na África, fugiu depois de receber os cuidados médicos. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) descartou a doença e informou que o morador está com sintomas de dengue e malária.

Em outubro do ano passado, um paciente deu entrada no Hospital São Sebastião, em Viçosa, também na Zona da Mata, com sintomas da doença. Ele chegou a ficar isolado por quatro horas. No entanto, tratava-se de um alarme falso e a suspeita foi descartada pelas secretarias de Saúde do estado e do município.

O jovem de 24 anos, que não teve o nome divulgado, participou de um congresso nos Estados Unidos. De acordo com a Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES), durante 15 dias, ele passou pelas cidades de Nova York, Chicago e Dallas. Em um albergue, teve contato com um grupo de pessoas do Senegal, que não apresentavam indícios de doença. Ao retornar a Viçosa, no início da semana, ele apresentava febre alta, dor de garganta e erupções na pele.

Em novembro, o susto aconteceu em Belo Horizonte. Um chileno de 41 anos desembarcou no Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, em um voo vindo de Salvador. Ele passou mal durante a viagem e informou aos comissários de bordo a suspeita de estar com ebola. Imediatamente, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) foi acionada e, quando a aeronave pousou, uma equipe já estava a postos para entrar no avião. A doença foi logo descartada. O que era ebola se transformou numa simples diarreia.

O vírus

O vírus ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, no Zaire (atual República Democrática do Congo), e, desde então, tem produzido vários surtos no continente africano. Esse vírus foi transmitido para seres humanos que tiveram contato com sangue, órgãos ou fluidos corporais de animais infectados, como chimpanzés, gorilas, morcegos-gigantes, antílopes e porcos-espinhos. Em seres humanos o período de incubação pode variar de dois a 21 dias. Há cinco espécies de vírus, sendo o Zaire ebolavirus o que apresenta a maior letalidade, geralmente acima de 60% dos casos diagnosticados.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o recente surto do vírus é o maior desde que a doença apareceu pela primeira vez.


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