
A morte do estudante Henrique Martins aconteceu em agosto de 2013. De acordo com as investigações, Vinícius Andrade Rodrigues, de 21, Gladystone Pereira Andrade Leite, de 20, e Geovanni da Silva Santos, de 20, são amigos de infância da vítima. Todos estudavam na mesma escola e eram moradores de uma comunidade no Bairro Jaqueline, na Região Norte de Belo Horizonte. “A vítima era uma pessoa muito querida, se dava bem com as pessoas, era paquerador e isso causou inveja aos outros jovens. Por isso, eles planejaram a morte”, explicou o delegado Christiano Xavier.
O crime aconteceu em uma festa de aniversário em um sítio no Bairro Baronesa, em Santa Luzia. Quando os convidados cantavam parabéns para a aniversariante, já a noite, Vinícius, Gladystone e Geovanni, atraíram Henrique para o lado de fora da propriedade. No local, um dos jovens sacou uma arma e atirou contra a vítima, que morreu na hora. O trio fugiu depois do homicídio.
O delegado Christiano Xavier afirma que teve dificuldade para chegar até os autores por causa do medo das testemunhas. “Os três autores frequentavam bailes funks e exibiam armas. Nas redes sociais, mostravam ostentação e também exibiam revólveres. Por isso, as testemunhas ficaram com medo de passar informações e isso dificultou a identificação”, comenta.
Na última quarta-feira, Vinícius acabou preso na operação. Os outros dois envolvidos já estavam presos por outros crimes. A arma utilizada no crime, uma pistola 9 milímetros, tinha sido apreendida com Gladystone quando ele foi preso. O tiro, segundo as investigações, foram dados por Geovanni, que era menor de idade no momento do crime. “Matei porque ele pegou a minha mulher”, disse durante a apresentação.
Morte por se negar guardar drogas
O outro homicídio desvendado pela Polícia Civil de Santa Luzia foi o de Glauber Borges. Segundo as investigações, o homem era trabalhador e nasceu no Bairro Kennedy. Traficantes do bairro têm o costume de intimidar moradores para que eles guardem drogas para a quadrilha. Também usavam lotes vagos para esconderem os entorpecentes. Glauber foi um dos abordados pelo grupo e se negou a guardar o material.
Mesmo assim, os traficantes deixaram a droga na residência. Glauber acionou a PM e disse que encontrou o material, que foi apreendido. Em dezembro de 2014, os criminosos cercaram a vítima na rua quando ele voltava do trabalho e o assassinaram a tiros. Na última quarta-feira, Edenilson Alves de Freitas, de 21, foi preso por causa do crime. O comparsa dele, identificado como Leonardo, morreu no início deste ano por overdose de cocaína e estimulante sexual.
