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Estado de Minas

Copasa diz que rodízio de água em Montes Claros é preventivo

Segundo a Comapnhia, mesmo com nível de apenas 23% da capacidade e operando no volume morto, a Barragem do Rio Juramento tem condições de abastecer a cidade até a primeira quinzena de abril de 2016


postado em 04/11/2015 06:00 / atualizado em 04/11/2015 07:34

Barragem do Rio Juramento atingiu o pior volume desde a inauguração, em 1982: nível atual é de 23%(foto: Luiz Ribeiro/DA Press)
Barragem do Rio Juramento atingiu o pior volume desde a inauguração, em 1982: nível atual é de 23% (foto: Luiz Ribeiro/DA Press)

Para a Copasa, mesmo com nível de apenas 23% da capacidade e operando no volume morto, a Barragem do Rio Juramento tem condiçoes de abastecer a cidade até a primeira quinzena de abril de 2016. Porém, o gerente do distrito da Copasa em Montes Claros, Antônio Câmara,  salienta que, com uma previsão meteorológica para os próximos meses “não muito animadora”, a companhia decidiu iniciar imediantamente o racionamento, a fim de afastar qualquer risco de colapso no abastecimento.


A meteorologia prevê que devem ocorrer chuvas em Montes Claros e em outros municípios do Norte de Minas a partir da segunda quinzena de novembro. Antônio Câmara informou que em 30 de novembro, a Copasa fará nova avaliação do nível dos mananciais na região, a fim de decidir se suspende ou amplia o racionamento de água em Montes Claros.


O rodízio no abastecimento acarreta dificuldades especialmente para moradores que não têm caixa-d’água em casa e que consomem a água que chega às torneiras diretamente da tubulação da rua. É o caso da doméstica Maria Ilca Soares, que divide uma casa de quatro cômodos com uma filha e um neto, no Bairro Santos Reis, área populosa de Montes Claros. “No último fim de semana, não pude ir a missa, pois faltou água para tomar banho”, conta Maria Ilca. Para evitar que esse tipo de transtorno se repita, como paliativo ela passou a guardar água em um tambor de 50 litros para o consumo da moradia durante as 10 horas de torneiras seca.


Vizinha de Ilca, Mary de Jesus Oliveira conta que não enfrenta problemas com o racionamento, porque em sua casa há duas caixas-d’água. “Tenho ajudado os vizinhos que vêm pedir água na hora que suspendem o abastecimento”, contou. Além de solidária, Mary se diz preocupada com a situação e cobra dos órgãos públicos uma ação para amenizar a crise. “É preciso plantar árvores e limpar os rios”, opina.
O gerente da Copasa Antônio Câmara salienta que a colaboração da população é de fundamental importância para evitar o desperdício e garantir o fornecimento de água para todo o município neste momento de crise. “As pessoas devem economizar água, evitando formas de desperdício como ficar muito tempo debaixo do chuveiro aberto. Também dever evitar lavar passeios e quintais com mangueira. Outra medida indicada é o reaproveitamento da água usada para lavar roupa na descarga do vaso”, exemplifica o representante da Copasa.


A dona de casa Maria Aparecida Gonçalves Queiroz, do Bairro Bela Paisagem, área de baixa renda de Montes Claros, disse que, como tem reservatório em casa e seu consumo é pequeno, ainda não sentiu os efeitos negativos do racionamento. Mesmo assim, garante que cumpre sua parte na economia. “Só lavo roupa aos sábados e depois, uso a mesma água do tanque para lavar o quintal e passar pano na casa”, conta.
Outra que garante que contribui com a redução do desperdício é a costureira Ezelaide Alves Queiroz, do Bairro Santos Reis. “Gasto o mínimo possível, seja na hora do banho, de lavar roupa ou as louças”, disse.  Mas, como outros moradores, ela lembra da única fonte que pode resolver definitivamente o problema: o céu. “Temos que rezar muito para Deus mandar chuva”, conclama.


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