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Estado de Minas

PF faz operação contra criminosos que fraudavam cartões da Caixa para compras internacionais

Segundo as investigações, organização usava cartões para comprar produtos no exterior, que eram revendidos com 10 a 30% de depreciação. Prejuízo está estimado em R$ 20 milhões


postado em 20/10/2015 10:51 / atualizado em 20/10/2015 12:09

(foto: Polícia Federal/Divulgação)
(foto: Polícia Federal/Divulgação)

A Polícia Federal (PF) desarticulou uma organização criminosa que fraudava cartões da Caixa Econômica Federal para fazer compras no exterior. A estimativa do prejuízo aos cofres do banco foi de cerca de R$ 20 milhões em 20 meses. Nesta terça-feira, foram cumpridos 13 mandados de prisão preventiva, 19 de busca e apreensão e um de condução coercitiva em Minas Gerais e nos estados do Paraná, Rio de Janeiro e Espírito Santo. O número de pessoas detidas ainda não foi divulgado.

Segundo a PF, para que um cartão seja usado fora do Brasil, é preciso que seu titular contate a central de atendimento da instituição financeira e realize a “autorização para compras em viagem internacional”. Os criminosos se passavam pelos titulares dos cartões fraudados na hora de solicitar a autorização.

A investigação denominada American Dream começou em novembro de 2014 para apurar a autoria e comprovar a materialidade dos crimes de falsificação de documento particular, estelionato qualificado, descaminho e contrabando, integrar associação criminosa com atuação transnacional, além de indícios de prática de lavagem de dinheiro.

(foto: Polícia Federal/Divulgação)
(foto: Polícia Federal/Divulgação)


De acordo com a Polícia Federal, o crime principal era praticado em cinco fases: obtenção de dados da trilha do cartão de crédito e do respectivo titular para fins de clonagem, autorização de uso no exterior obtida por meio de ligação telefônica para o serviço de atendimento a cartões da Caixa, compras de equipamentos eletrônicos nos Estados Unidos, especialmente produtos Apple, telefones celulares, câmeras fotográficas profissionais e bicicletas de competição - algumas avaliadas em 12 mil dólares - e encaminhamento das mercadorias para o Brasil e venda dos produtos por preço mais baixo do que o adquirido.

Ainda segundo a polícia, os fraudadores usaram funcionários da Caixa e aliciaram laranjas, em nome dos quais fizeram cartões internacionais fraudados, com limites de crédito muito acima do poder aquisitivo deles. O nome da operação faz referência ao sonho norte-americano de prosperidade, pois, por meio da fraude milionária, os criminosos levavam a vida com um dinheiro que não lhes pertencia. Se condenados, poderão cumprir até 26 anos de prisão.


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