
O procedimento é uma das etapas do projeto, que prevê o desenvolvimento de organismo geneticamente modificado, que poderá representar alternativa para o tratamento de doenças inflamatórias como a artrite reumatóide. Única equipe da América Latina premiada na competição, a iGEM-UFMG recebeu a premiação como estímulo para a continuidade da pesquisa, que ainda terá vários desdobramentos, afirma a professora Rafaela Ferreira, do Departamento de Bioquímica e Imunologia do ICB e uma das coordenadoras do projeto. “Consideramos o prêmio um grande reconhecimento, por ser uma competição muito alta, com 250 equipes de vários países, principalmente dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia”, destaca a professora.
Rafaela explica que o prêmio recebido pela equipe refere-se ao excelente desempenho na divulgação da pesquisa, que foi um dos itens avaliados na competição. “Com base na tiragem de alguns veículos nos quais fizemos divulgação e no público alcançado em nossos eventos sobre biologia sintética – workshop, curso de verão, aplicação de questionários e ação educacional na Praça da Liberdade –, a estimativa foi de que conseguimos envolver mais de 340 mil pessoas”, disse a professora.
Para a professora de bioquímica Liza Felicori, “fazer da biotecnologia um domínio exclusivo aos especialistas da área cria um abismo que exclui a sociedade do desenvolvimento científico e, com isso, muito se perde”. Liza é responsável pela pesquisa, que agora entra em nova fase. Ela disse que agora será preciso avaliar a engenharia genética proposta, a partir de testes em modelo animal. “Ainda não é possível estimar em quanto tempo teremos um produto”, explica.
