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Estado de Minas

Casos de caxumba em BH e no estado superam o total de 2014

Adolescentes respondem por 70% das notificações. Secretaria Municipal de Saúde admite que ocorreram surtos da doença, mas afirma que já houve redução no índice de infectados


postado em 16/09/2015 06:00 / atualizado em 16/09/2015 07:38

Veja o número de casos de caxumba em BH(foto: Arte EM)
Veja o número de casos de caxumba em BH (foto: Arte EM)
O aumento do número de casos de caxumba em Minas Gerais está preocupando as autoridades. Até 9 de setembro, 698 pessoas já haviam contraído a doença no estado. O total de vítimas já supera todo o ano passado, quando foram contabilizados 685 casos da enfermidade. Em Belo Horizonte, a situação é ainda pior. Em 2015, foram 96 notificações, mais que o dobro de 2014, quando as ocorrências somaram 43. O alerta foi ligado na capital mineira, principalmente porque 70% dos infectados são adolescentes entre 11 e 18 anos, o que favorece o contágio. A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) admite que ocorreram surtos da doença, mas afirma que já houve redução no índice de infectados.

A caxumba, também conhecida como parotidite, geralmente tem sintomas considerados amenos. É caracterizada pelo aumento das glândulas salivares, que provoca um inchaço no rosto. Nos casos graves, pode evoluir para meningite. O contágio ocorre pela saliva e por gotículas, por isso a preocupação das autoridades na proliferação da doença.

Em nove meses, Minas Gerais superou em 13 casos todos os registros do ano passado. Belo Horizonte segue a mesma situação. O número de pessoas infectadas por caxumba no período superou os dois anos anteriores. “Esse aumento é decorrência de alguns surtos que sofremos na capital mineira, especialmente em julho e agosto, que afetaram cinco regionais, entre elas a Centro­-Sul, Oeste, Norte e Venda Nova”, explica Maria Tereza da Costa Oliveira, gerente de Vigilância em Saúde da Prefeitura de BH.

Saiba quais são os sintomas e como prevenir a caxumba(foto: Arte EM)
Saiba quais são os sintomas e como prevenir a caxumba (foto: Arte EM)
É considerado surto quando há mais de três casos inter-relacionados, ou seja, a doença passa de pessoa para pessoa. A maior incidência foi entre adolescentes, o que aumenta o alerta. “Tivemos um predomínio de casos entre pessoas de 11 a 18 anos. A preocupação é pela facilidade de transmissão. Como convivem em grupo, temos que agilizar as ações”, explica Maria Tereza. Os motivos para o avanço das ocorrências ainda estão sendo investigados pela Secretaria Municipal de Saúde. Uma das hipóteses é a falta de vacinação de parte da população, que pode ficar imune com doses tríplice viral, que combate caxumba, sarampo e rubéola. “Pode ser a falta da vacina, ou também por nem todos ficarem imunes com ela. Esperamos que os adolescentes tenham recebido duas doses. Muitos não estão com o cartão de vacinação em dia”, diz a gerente.

Logo que começaram a surgir um número excessivo de casos, a secretaria começou a analisar cada situação. Unidades de saúde foram informadas que todas as ocorrências de caxumba teriam que ser notificadas ao órgão. Devido aos surtos, 4.014 pessoas receberam doses da vacina tríplice viral.

COMPLICAÇÕES
A caxumba pode causar febres, calafrios, dores de cabeça, musculares e a inflamação das glândulas salivares, que pode causar dores nas pessoas ao mastigarem. O inchaço pode ser uni ou bilateral, ou seja, em ou nos dois lados do rosto. “Esses sintomas melhoram em alguns dias, mas em alguns pacientes pode haver complicações. O vírus pode cair na corrente sanguínea e causar inflamações nos testículos, em homens, e no ovário, nas mulheres, que pode levar à esterilidade. Eventualmente, também pode atingir o sistema nervoso”, explica o médico infectologista Estêvão Urbano.

O período de transmissão da doença é de nove dias depois dos primeiros sintomas. Por causa disso, o recomendado é que os pacientes fiquem isolados. Como se propaga por meio da saliva e gotículas, os pacientes devem evitar compartilhamento de objetos, como copos e talheres, além de lavar as mãos e evitar aglomerações.

Como os sintomas são parecidos com a gripe, o médico aponta a facilidade para a transmissão do vírus. “Infelizmente, é transmitida antes do inchaço das glândulas. Como são sintomas parecidos, às vezes a pessoa nem sabe que está com caxumba. Por isso, o recomendado é a vacinação”, orienta Urbano.

(foto: Instagram/Reprodução)
(foto: Instagram/Reprodução)
Neymar na ‘defesa’
Nem o camisa 10 da Seleção Brasileira escapou da caxumba. Em agosto, Neymar teve que ficar 15 dias fora dos gramados por causa da doença. Com isso, o atacante do Barcelona não participou de jogos da Supercopa da Europa e da Supercopa da Espanha. Dias depois de a enfermidade ser diagnosticada, o craque fez uma aparição pública, em foto postada por um amigo numa rede social. Como era de se esperar, Neymar estava com o rosto muito inchado.


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