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Estado de Minas

Júri popular condena homem a 14 anos de prisão por morte de fotógrafo no Vale do Aço

Alessandro Neves Augusto, de 33 anos, conhecido como Pitote, já tinha sido condenado pela morte do repórter Rodrigo Neto, em Ipatinga


postado em 19/08/2015 19:40 / atualizado em 19/08/2015 19:52

Pitote preferiu não dar declarações no julgamento(foto: TJMG/Divulgação)
Pitote preferiu não dar declarações no julgamento (foto: TJMG/Divulgação)
O júri popular condenou a 14 anos e três meses de prisão, em regime fechado, Alessandro Neves Augusto, de 33 anos, conhecido como Pitote, pela morte do fotógrafo Walgney Assis de Carvalho. O crime foi em maio de 2013 em Coronel Fabriciano, na Região do Vale do Aço. O réu já tinha sido sentenciado a 16 anos de prisão pelo assassinato do jornalista investigativo Rodrigo Neto, em Ipatinga.

O julgamento teve aproximadamente dez horas de duração. O delegado responsável pelas investigações, Emerson Moraes, do Departamento de Investigações de Homicídios e Proteção à Pessoa de Belo Horizonte (DHPP), foi a única testemunha a ser ouvida. As outras foram dispensadas pela defesa e pela acusação.

Durante o depoimento, o delegado afirmou que o réu se apresentava como policial civil e tinha acesso livre à delegacia de Ipatinga. Assim como o acusado, Walgney de Carvalho era visto constantemente na unidade da polícia judiciária em razão da atividade profissional que exercia, segundo o delegado. Emerson contou que Pitote teve acesso às declarações do fotógrafo sobre a morte de Rodrigo Neto por conta da proximidade com a polícia. Um dos jurados perguntou ao delegado se essa situação é comum e disse que não.

Depois do depoimento, Alessandro foi chamado para depôr, porém, preferiu não responder as perguntas do juiz, da acusação e nem do advogado que o defende. Em seguida, ambas as partes abriram os debates, que terminaram por volta das 18h30.
O conselho de sentença, formado por seis homens e uma mulher, reconheceu a materialidade e a autoria do assassinato.

O crime

Os assassinatos de Rodrigo e Walgney têm ligação com um grupo de extermínio que agia na região e que os jornalistas estavam investigando. O repórter, que trabalhava com o fotógrafo, denunciou o envolvimento de policiais na série de assassinatos.

Rodrigo, que trabalhava numa rádio em Ipatinga, preparava uma série de reportagens para marcar seu retorno a um jornal da cidade, em que apresentava novas evidências de envolvimento de policiais em assassinatos. Na madrugada de 8 de março, entretanto, ele foi executado com três tiros no Bairro Canaã, em Ipatinga.

Pouco mais de um mês, em 14 de abril, Walgney foi morto a tiros, em um pesque e pague em Coronel Fabriciano. Ele havia revelado que conhecia detalhes sobre a morte do colega. De acordo com as investigações, Pitote foi até um pesque pague em Coronel Fabriciano onde a vítima costumava frequentar. Com um revólver calibre 38, a mesma utilizada no assassinato de Rodrigo, o homem se aproximou da vítima com os rosto coberto e atirou. O fotógrafo foi atingido na cabeça e no tórax.


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