“Não é deixar de se divertir, mas o bairro não tem condições de receber calouradas que aglomeram cerca de 3, 4 mil pessoas, provocando pânico e transtornos generalizados”, afirma o presidente da Amocoreu, Walter Freitas. Foram discutidas formas de trabalho em conjunto entre a PUC, a associação de moradores e órgãos públicos. De acordo com ele, foi definido que será encaminhado um pedido para a instalação de um posto da Polícia Militar no cruzamento das avenidas Trinta e Um de Março e Dom José Gaspar para tentar evitar os problemas ocorridos. A BHtrans será convocada para orientar melhor a circulação de carros no local durante esses eventos. Também será cobrada do Ministério Público a vistoria dos horários de fechamento dos bares.
De acordo com o Secretário de Comunicação da PUC Minas, Mozahir Salomão, a reunião foi muito produtiva. Ele reforçou sobre a proibição da realização de trotes e promete estabelecer dialogo com o Diretório Acadêmico (DA) e o Diretório Central dos estudantes (DCE) para desestimular a realização de festas nos estabelecimentos. Professores e coordenadores também serão orientados a conversar com os alunos sobre o ocorrido. "Discutir o fechamento dos bares não cabe a universidade, o que cabe é fazer com que funcione com critério e controle. Para a PUC é inaceitável o que aconteceu nessa sexta-feira", afirma o professor.
MANIFESTAÇÃO
Na próxima sexta-feira está marcado um ato em homenagem a Daniel Adolpho de Melo Vianna, 22, morto com um tiro por causa de esbarrão em calourada perto da universidade. O protesto está sendo organizado pela Associação dos Moradores do Bairro Coração Eucarístico e Região (Amocoreu) e convida vizinhos, colegas e familiares a participarem em solidariedade ao jovem. A ação está marcada para 19:30, em frente ao Bar do Rosa. Os moradores prestarão homenagem usando roupas brancas.