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Estado de Minas

Justiça condena último integrante do Bando da Degola

O advogado Luís Astolfo Sales Bueno foi condenado a quatro anos de prisão pela morte de dois empresários no Bairro Sion, Região Centro-Sul de BH. Outras sete pessoas envolvida no crime também foram condenadas ao longo do processo


postado em 24/07/2015 17:21 / atualizado em 24/07/2015 18:32

O advogado Luís Astolfo Sales Bueno foi condenado a quatro anos de prisão por participação na trama que terminou nas mortes dos empresários Fabiano Ferreira Moura, de 36 anos, e Rayder Santos Rodrigues, de 39, em um apartamento no Bairro Sion, Região Centro-Sul de Belo Horizonte. Ele foi condenado apenas por extorsão e absolvido por sequestro, cárcere privado e associação criminosa, mas vai aguardar o julgamento do recurso em liberdade. Bueno foi o último integrante do grupo conhecido como Bando da Degola, pois as vítimas tiveram as cabeças arrancadas, a sentar no banco dos réus. Outras sete pessoas já foram condenadas.

De acordo com a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), o advogado foi responsável por fornecer dados sobre as vítimas ao estudante de direito Frederico Flores, apontado com o líder do bando. Ele ganhou de Flores, um carro que pertencia a um dos empresários e abandonou o automóvel dias após o crime, em 16 de abril de 2010, na região de Contagem, na Grande BH.

A extorsão por parte do advogado ficou evidenciada, segundo a juíza Lílian Bastos de Paula, nos interrogatórios dos outros acusados e também na confissão do réu, que disse ter recebido o carro de Frederico Flores como pagamento pelas informações passadas. Os crimes de sequestro e cárcere privado, destruição, subtração ou ocultação de cadáver e formação de quadrilha e bando armado foram descartados. De acordo com a magistrada responsável pelo caso, os sete réus afirmaram que Luiz Astolfo não esteve no apartamento no Sion, local dos assassinatos, no dia do homicídio.

O crime aconteceu em abril de 2010. Segundo as investigações, Frederico Flores, apontado como o líder da quadrilha, foi informado que os empresários Rayder e Fabiano estavam envolvidos em estelionato e contrabando, movimentando grande quantidade de dinheiro em várias contas bancárias. A partir daí, o bando sequestrou, extorquiu e matou os empresários com ajuda de outras sete pessoas. Os assassinatos aconteceram em 10 e 11 de abril em um apartamento, depois que os acusados realizaram saques e transferências das contas das vítimas.

Em seguida, segundo relato do Ministério Público, eles mataram os empresários, cortando suas cabeças e dedos para dificultar a identificação, e os levaram para a região de Nova Lima, onde foram deixados parcialmente queimados. No dia seguinte, os réus se reuniram para limpar o apartamento. André Luís foi apontado pela promotoria como segurança de Frederico Flores, tendo auxiliado nas ações criminosas.

Sete integrantes do bando já foram condenados. Em Junho deste ano, o ex-policial militar André Luís Bartolomeu foi condenado a 39 anos de prisão. Em abril deste ano, a médica Gabriela Corrêa da Costa foi sentenciada a cumprir 46 anos e seis meses de prisão por homicídio qualificado, cárcere privado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. Ela está recorrendo em liberdade.

Em julho de 2013 foi a vez do ex-estudante Arlindo Soares, sentenciado pelos crimes de homicídio qualificado, extorsão, destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. A sua pena foi de 44 anos de reclusão.

Frederico Flores, apontado como o líder do bando, sentou no banco dos réus em setembro de 2013. Ele foi considerado culpado pelos crimes de homicídio, ocultação de cadáver, extorsão, formação de quadrilha, sequestro e cárcere privado. Mesmo assim, sua sentença foi a menor até agora. O ex-estudante de direito pegou 39 anos de prisão. Em julho de 2014, o garçom norte-americano Adrian Gabriel Grigorcea foi condenado a 30 anos de prisão por homicídio qualificado e formação quadrilha.

Em setembro do mesmo ano, o pastor Sidney Eduardo Beijamin foi condenado a três anos de reclusão em regime aberto por destruição e ocultação de cadáver e formação de quadrilha. O conselho de sentença absolveu o réu pelos crimes de duplo homicídio, extorsão e cárcere privado. O primeiro a ser julgado, em dezembro de 2011, foi o ex-cabo da Polícia Militar (PM) Renato Mozer. Ele foi condenado a 59 anos de prisão pelos crimes de duplo homicídio triplamente qualificado, cárcere privado, sequestro, ocultação de cadáver e formação de quadrilha.


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